Especial

Dia Internacional da Mulher: a liberdade de buscar e encontrar a felicidade

Na véspera do Dia Internacional da Mulher a Revista traz os relatos de mulheres que não se deixaram definir por padrões, rótulos e buscaram a própria felicidade

Amanda Silva* e Roberta Pinheiro
postado em 07/03/2021 09:00 / atualizado em 30/09/2021 10:07
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press          )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )

Há algumas décadas, ser mulher significa muito mais do que consta no dicionário. Anos de lutas e engajamento político permitiram que ela expandisse o “indivíduo do sexo feminino” e carrega-se consigo infinitas possibilidades e liberdades. Nenhuma delas, contudo, excluídas de dificuldades, preconceitos e olhares atravessados.

“Uma mulher pode ser tudo. Mãe, dona de casa, faxineira, professora, psicóloga dos filhos. A mulher é muito versátil. Pode tudo que ela quiser, estar onde quiser, se ela quiser e lutar por isso”, afirma a professora aposentada Ângela Cunha, de 68 anos.

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, oficializado pela Organização das Nações Unidas em 8 de março, a Revista do Correio traz a história de Ângela, de Karina, de Alessandra, de Ana Paula, de Francimary, da irmã Ana Elisa. Nomes que poderiam ser outros, mas que carregam o relatos de inúmeras mulheres que não se deixaram definir por padrões, rótulos e buscaram a própria felicidade, onde quer que estivesse.

Força pelos filhos

Aos 40 anos, a professora aposentada Ângela Cunha perdeu o marido para um câncer. Mãe de três filhos — o mais velho, na época, com 7 anos, a do meio com 5 e a mais nova com 3 — Ângela, hoje com 68, se viu sozinha diante de desafios que jamais pensou enfrentar. “Um processo bem difícil”, resume a aposentada. Quando conheceu o companheiro, ele tinha terminado o primeiro casamento e, ali, já foi complicado para Ângela lidar com os julgamentos da família dele, que achava que ela tinha sido responsável pelo término.

 "Acredito que a mulher pode fazer o que ela quiser, mas tem que estar pronta para enfrentar os preconceitos, caso ela os encontre no meio do caminho"
"Acredito que a mulher pode fazer o que ela quiser, mas tem que estar pronta para enfrentar os preconceitos, caso ela os encontre no meio do caminho" (foto: Arquivo Pessoal)

Com a morte do esposo, além das questões familiares, a professora precisou lidar com dívidas, causas trabalhistas e casos na Justiça deixados pelo companheiro. “Fui aprendendo aos trancos e barrancos e resolvendo tudo sem saber onde ia, com quem me aconselhar. Tomei decisões sem nenhum conselho”, relembra.

Mesmo diante dos problemas com a família do marido, com caso até de agressão física, e dos olhares tortos e falas preconceituosas por ser viúva, Ângela não se deixou abater. “Quando você tem filhos, você tem que tomar uma decisão. Não podia ficar parada”, afirma. “Foi um sofrimento muito grande, por causa de todo o ambiente familiar, mas pensei em primeiro lugar nos meus filhos”, completa.

Ângela criou os três filhos e deu continuidade à carreira como professora. “Meu filho fala que eu sou um exemplo para eles, porque tive muita força e lutei sozinha. Acho que essa força veio da minha fé, deles que dependiam totalmente de mim e da minha criação e exemplo dos meus pais. Eles sempre me ensinaram a ser uma pessoa do bem e acho que isso é muito importante. Fui aprendendo aos poucos a não querer ter guerra com ninguém”, comenta a professora.

Seguir sozinha, ao lado dos filhos e da família, foi uma decisão e escolha de Ângela, que teve a oportunidade de se relacionar outras vezes. “Muitas vezes, senti preconceito até na minha família, porque era viúva. As pessoas falam que viúva é uma mulher qualquer, mas tinha consciência do meu comportamento e das minhas responsabilidades”, avalia. “Acredito que a mulher pode fazer o que ela quiser, mas tem que estar pronta para enfrentar os preconceitos, caso ela os encontre no meio do caminho”.


Autoestima é um bem precioso


Em meio a tantas histórias de mulheres inspiradoras, temos a Francimary Freitas, ou mais conhecida como Meire. Aos 49 anos, é dona de casa, casada há mais de 30 anos e, atualmente está cursando pedagogia. O que tem de tão interessante nela? Sua história e seu jeito de ser, que sensibilizam qualquer pessoa que a conheça.

Meire é mãe três filhos, mas hoje vive apenas na companhia das duas filhas, Larissa e Lethícia. O seu primogênito morreu há 11 anos, por causa de um câncer ósseo. “Foi o pior momento em minha vida. Tive que achar força para continuar minha família. Ser mulher é difícil. Temos um compromisso de dar luz para outras vidas, de cuidar e guiar”, conta a dona de casa.

"Eu me sinto feliz pelo que sou, pelas vitórias que consegui. Difícil descrever em palavras, mas saber quem sou na frente do espelho é bom demais"
"Eu me sinto feliz pelo que sou, pelas vitórias que consegui. Difícil descrever em palavras, mas saber quem sou na frente do espelho é bom demais" (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

A estudante e dona de casa conta que a maternidade a fez ser melhor. Mais forte e corajosa. “São qualidades boas que me levam a buscar ter cuidados com o corpo e a mente”, comenta Meire.

Ela conta que é gratificante ser reconhecida por meio de outras mulheres guerreiras. “Eu me sinto feliz pelo que sou, pelas vitórias que consegui. Difícil descrever em palavras, mas saber quem sou na frente do espelho é bom demais. O reflexo de ser guerreira, mulher, tudo leva a não desistir da luta”, relata.

Ela ama mudar o visual, conquistar seus sonhos e, atualmente, está até empreendendo. Abriu um brechó (@jaafoidelabrecho) e está se dedicando para que esse sonho cresça cada dia mais. “Eu me amo, se eu não me amar, quem vai fazer por mim? Nessa vida, você nasce só e vai morrer só. Busque as coisas por você mesma, você é incrível e verá que é mesmo”.

Amor incondicional

A assistente social da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Karina Ribeiro, 42 anos, sabia que queria ser mãe, sempre teve esse desejo. “Como não era casada e também não queria que a maternidade fosse fruto de um relacionamento amoroso, algo vinculado só a isso, há cinco anos decidi ser mãe por adoção”, conta.

A tomada de decisão não foi assim tão imediata. Envolveu medos, angústias e muitas dúvidas. “Será que vou dar conta? Veio uma certa insegurança, porque a sociedade cobra, os familiares dão palpite. Espera-se que você, mulher, dê conta de tudo, seja uma supermulher, não falhe na maternidade, mas é um aprendizado. Como nunca tinha sido mãe, isso me gerou muitos questionamentos, mas, por outro lado, sou decidida e questionadora também. Falei que seguiria meu coração, não importava o que as pessoas achassem. Se eu tivesse um filho biológico, ele viria com todas as demandas. Ser mãe é enfrentar desafios a cada dia e você tem que se virar para resolvê-los”, define Karina.

Karina Ribeiro com seus filhos, Ana Júlia, João Lucas, Kauane Ribeiro e Fabiana Ribeiro
Karina Ribeiro com seus filhos, Ana Júlia, João Lucas, Kauane Ribeiro e Fabiana Ribeiro (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Ao abrir seu coração e deixar a vontade falar mais alto, Karina recebeu quatro presentes. O primeiro foi a pequena Ana Júlia, uma menina de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, portadora de paralisia cerebral e microcefalia. Com ela, a assistente social começou a aprender que amor é uma construção. Mesmo Ana Júlia tendo dificuldades motora e na fala, não deixava de ser chamada de mãe um só dia. “Aprendi com ela que não é só a linguagem, existem outras formas de expressar o amor e ela me mostra isso todos os dias”, comenta. Depois de sair da zona de conforto e mudar de vida “radicalmente”, passando a não ser focada apenas na parte profissional, Karina adotou outros três irmãos que vieram de Minas Gerais e já eram tidos como “inadotáveis”. “Passei a dar valor ao contato, ao tempo que passo com eles”, pontua.

Com o auxílio de uma rede de apoio, Karina enfrentou e encara todos os percalços e as dificuldades com determinação. “Realmente, muitas coisas foram acontecendo para não dar certo, a sociedade, o julgamento dos amigos, tive muitos problemas, mas a minha força de vontade, de querer que desse certo, foi maior. E, claro, a vontade de ser mãe, o amor por eles”, justifica. Para a assistente social, a maternidade representou um marco em sua vida e no que lhe faz mulher.

“Antes, vivia sem um propósito, vivia para mim. Eles me deram um sentido na vida totalmente diferente. Deixei de ser filha e passei a ser mãe e isso para a mulher é algo uma transição muito importante”, avalia. Karina comenta ainda que, ao decidir pela adoção, conseguiu separar o ser mulher do ser mãe. “Os papéis são muito bem definidos e um não interfere no outro. Quando uma mulher quer ser mãe e só vê o lado biológico, acaba colocando os relacionamentos em primeiro lugar e, às vezes, acaba até entrando em relacionamentos não saudáveis só para, intimamente, realizar o desejo da maternidade”.


Empoderamento e prazer


Na santa sala, as amigas e sócias Ana Paula de Resende Coutinho (foto), 33 anos, e Halanna Carneiro Pinheiro, 30, descortinam assuntos que até hoje são vistos como tabu: sexo e prazer. Apesar de terem outros empregos, elas resolveram abrir juntas uma sex shop, em 2018, para levar aos homens e às mulheres uma possibilidade maior de autoconhecimento e satisfação.

“A gente não vende só produtos, a gente tenta entender a necessidade das clientes, ter conversas até profundas que acabam ajudando a empoderar essas pessoas”, conta Ana Paula. “Gosto da coisa da sexualidade e trabalhar isso com as mulheres, vê-las satisfeitas, sentir que estou ajudando de alguma forma e quebrando tabus”, acrescenta.

 "Gosto da coisa da sexualidade e trabalhar isso com as mulheres, vê-las satisfeitas, sentir que estou ajudando de alguma forma e quebrando tabus", conta Ana Paula
"Gosto da coisa da sexualidade e trabalhar isso com as mulheres, vê-las satisfeitas, sentir que estou ajudando de alguma forma e quebrando tabus", conta Ana Paula (foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Para Ana Paula, a sexualidade é uma questão de autoconhecimento, que leva ao empoderamento. “Se a pessoa passa a se conhecer, como ela gosta de tocar e ser tocada, onde ela sente mais prazer, vai ter o domínio da própria sexualidade e do próprio prazer. Ela vira agente do prazer dela e passamos a não depositar no outro uma responsabilidade que é nossa, de se conhecer. Cada um precisa desse momento consigo mesmo”, afirma. Além disso, Ana Paula pontua que, ao contrário dos homens, que são desde cedo ensinados e incentivados a se formarem sexualmente, para a mulher é sempre mais restrito. “A maioria cresce com isso como se fosse algo proibido, feio, vulgar”, complementa.

Esse olhar também atinge quem decidiu trabalhar com o assunto. “Toda mulher que fala sobre sexo abertamente sofre algum tipo de preconceito. O machismo está em todas as áreas e, quando se trata de um tema tão tabu assim, todo dia é uma luta. Mas não vou parar de fazer o que faço, de lutar pelo que acredito porque há pessoas que têm preconceito. Vou fazer o que puder e estiver ao meu alcance para contribuir com essa desconstrução”.



Vocação para a fé


“Tive medo de tomar essa decisão”, confessa a irmã Ana Elisa do Amor Crucificado, 35. Aos 21 anos, ela sentiu o chamado de Deus para seguir a vida religiosa e há mais de 10 anos pertence ao Instituto Religioso Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento (Toca de Assis), no Rio de Janeiro. No começo, a irmã conta que guardou aquele sentimento e foi, aos poucos, conhecendo a vida religiosa e conversando com amigos e familiares sobre a vocação. “A primeira vez que falei com meus pais, minha mãe aceitou e até incentivou, mas meu pai, não. Disse que não entendia, não aceitava, mas me deixou tranquila para seguir o que meu coração mandasse”, relembra.

Natural de São Paulo, a irmã Ana Elisa se mudou para Macaé (RJ) para seguir o caminho escolhido. “Quando contei para alguns amigos, uns ficaram felizes, outros não entenderam muito bem. Questionavam o porquê de seguir a vida religiosa, o porquê de ir embora da minha cidade, que não teria mais contato com eles, dizendo até que estava doida (risos), que a vida religiosa é muito exigente. Eu sei que é, que parece loucura, mas é algo que é muito mais forte dentro de mim. Como se alguém gritasse muito alto e você não resistisse a esse grito”, define.

"Tive medo de tomar essa decisão", confessa a irmã Ana Elisa do Amor Crucificado
"Tive medo de tomar essa decisão", confessa a irmã Ana Elisa do Amor Crucificado (foto: Arquivo Pessoal)

Optar por seguir essa voz não impediu que a irmã concluísse o curso técnico de enfermagem nem atuasse na área, dentro do instituto, ou estudasse outros idiomas. “Isso não me impede de ser livre dentro da decisão que tomei”, afirma. Tampouco a afastou de outras questões ligadas ao universo feminino. “Não sou chamada a ser mãe biológica, por exemplo, mas a ser mãe espiritual”, acrescenta. “Esse mistério da vida religiosa sempre me chamou atenção. Essa vida que te pede algo mais e dar esse algo mais por amor a Deus me faz levantar e seguir todos os dias. Esse espírito de renúncia, de sacrifício que a vida religiosa pede”.

 

Inquieta e empreendedora


Mineira em Brasília, engenheira, corredora, bailarina, canoeira, empreendedora e consultora de imagem e estilo, Alessandra Daibert Couri, 47 anos, é muitas em uma só. Inquieta, ela não para nem na hora de falar. Há 17 anos, decidiu vir, sozinha, morar em Brasília para trabalhar na Agência Nacional de Águas (ANA). “Não tinha referência nenhuma, mas fiz esse movimento, aos 30 anos, em função da minha profissão. No auge da minha carreira lá (Juiz de Fora), estava tomando posse aqui”, lembra.

Desde sempre, Alessandra foi uma mulher que enfrentou estigmas e quebrou paradigmas. Formada em engenharia civil, durante anos, foi a única mulher da equipe no trabalho. Também não optou pelo casamento tradicional e, durante 12 anos, morou com o companheiro, até sentir que algo a incomodava e precisava rever caminhos pessoais e profissionais.

Alessandra apostou no empreendedorismo, mergulhou de cabeça em uma nova área, a moda, e está sempre em busca de aprendizado e experiências. “Minha família nunca me censurou por não seguir padrões impostos, mas se importava se estava feliz ou não”, comenta.

Alessandra decidiu que não queria ter filhos. “Achava que quando tivesse uma vida profissional e pessoal estáveis, essa vontade de ser mãe viria, mas não veio. E sempre foi algo muito bem resolvido para mim, apesar de ter ouvido muito absurdo, como ‘você está indo contra a sua natureza de mulher’, ‘mulher foi feita para ser mãe e procriar’. Nunca dei muita importância para isso. Fiquei chateada em alguns momentos, mas nunca influenciou na minha decisão. É uma questão de escolha como várias outras na vida”, explica.

Sendo esse emaranhado de possibilidades, com foco, principalmente, na realização profissional — sem deixar de lado as pessoas que ama —, a engenheira e consultora de imagem e estilo reconhece que talvez uma mulher como ela não existisse há alguns anos. “Acredito que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaços. A nós está sendo possível fazer escolhas e vivenciar coisas que há um tempo não era possível. É o resultado da luta de outras mulheres, porque sempre teve que existir essa figura da mulher que rompesse padrões para que uma outra pudesse surgir. A gente, exercendo o nosso papel do jeito que acreditamos que nos traz felicidade, vai sendo referência para a geração que está chegando”, afirma. “Não queria ter nascido homem. Gosto da fragilidade e da força, a versatilidade do feminino de transitar entre o vulnerável e o forte. Isso torna a mulher um ser muito mais misterioso, difícil de entender. Gosto da minha vida de mulher e de ser porta-voz dessa transformação para o mundo”, finaliza.

 "Minha família nunca me censurou por não seguir padrões impostos, mas se importava se estava feliz ou não"
"Minha família nunca me censurou por não seguir padrões impostos, mas se importava se estava feliz ou não" (foto: Arquivo Pessoal)


Mulher como sinônimo de cuidado

Para compreender um pouco sobre essa data e, ao mesmo tempo, se conscientizar, a professora doutora com especialização em saúde mental e gênero pela Universidade de Brasília (UnB), Valeska Zanello, conta que o fato de as mulheres serem portadores de útero as colocou em um lugar de naturalização do cuidado, principalmente a partir do século 18, com o avanço do capitalismo. “Houve uma separação entre o espaço público e privado. Aos homens, foram relacionados o espaço público e, tudo que era feito nesse espaço, era considerado trabalho. Eles tinham reconhecimento social e isso foi visto como digno de remuneração”, explica a doutora.

Essa divisão sexual do trabalho está inserida historicamente e culturalmente no Ocidente. “As mulheres, pelo fato de serem portadoras de útero são relacionadas de uma maneira ideológica com uma vocação de cuidado. Tanto em relação às crianças e, por decorrência, às atividades domésticas”, completa Valeska.

A doutora também enfatiza que todo mundo está sendo impactado pela pandemia, mas as mulheres sofrem mais com isso. Isso acontece porque elas acabam sobrecarregadas pelo trabalho profissional e doméstico. Desde as mais ricas às mais pobres, a demanda de cuidados nas diversas áreas das vidas delas causa exaustão.

“É importante dizer também que são as mulheres que estão na linha de frente no combate à covid-19, porque são maioria como médicas da atenção primária, como enfermeiras e professoras. São profissões relacionadas ao cuidar em geral, já marcada por uma precarização das condições de trabalho e do salário. E que, neste momento, estão sendo muito demandadas”, ressalta Valeska.

O Dia Internacional da Mulher sofreu uma deturpação. Foi uma data criada para a luta por direitos sociais e políticos delas, principalmente nas condições de trabalho. Mas, atualmente, tem sido apropriada dentro de uma lógica capitalista. Valeska conta que algumas manifestações acabam reforçando justamente aquilo que os movimentos de mulheres visou desconstruir. “É vista uma exaltação de uma mulher nesse lugar do cuidado, da mulher dentro de uma idealização da maternidade, com uma idealização da beleza em que ela deve sempre se cuidar, e se cuidar sempre associada ao ideal estético”, explica.

Valeska ressalta que é necessário um resgate da origem desse dia. “Principalmente o porquê da criação desse dia, que é justamente a luta política das mulheres por maior equidade em sociedades que são marcadas principalmente pelo sexismo e por profundas injustiças sociais”, acrescenta.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação