TV+

Próximo Capítulo

O ano dele!

Aos 11 anos, Michel Joelsas começou no ofício de ator. Hoje, aos 25, ele colhe os frutos da trajetória. Dois mil e vinte foi o melhor ano da carreira do paulista, que chamou a atenção na série Boca a boca, na Netflix. A produção brasileira estreou sem muita divulgação, mas ganhou o público exatamente como diz o título, no boca a boca.

Organicamente, a série de Emir Filho para o streaming ganhou fãs da história que retrata a epidemia de uma doença transmitida pelo beijo que tem início entre os jovens de numa cidade no interior de Goiás. Na trama, Michel é Chico, um dos três protagonistas. Ele é o garoto que destoa do município, por ter vindo de uma cidade grande e ter pensamentos que se diferem de uma comunidade antiquada.

Ao Correio, Michel falou sobre a experiência na série e o futuro. Confira trechos do papo abaixo e a entrevista completa no blog!

Como se preparou para viver um dos protagonistas de Boca a boca?
Foi uma imersão na criatividade. Eu o pensava muito contraditório, com tintas diferentes. Acho que isso dá um sal às pessoas, as torna intrigantes. Por exemplo: sensível com certo deboche; sereno, mas com pitadas de impulsividade; de um delicado senso de justiça com certa revolta genuína; prático para os encontros de aplicativo, mas extremamente emocional no senso de justiça etc. Mas, acima de tudo, era alguém muito peculiar, cheio de vida, imprevisível, que ilumina as pessoas, livre em ser e se expressar. Tão complexo e diverso que é difícil de definir e encaixar, por isso, não tinha ideia de como faria o Chico. Na verdade, me permiti criá-lo até o fim das filmagens e vi mesmo como ficou só na tela.

Boca a boca foi uma série que teve um engajamento no streaming de forma orgânica. A que atribui o sucesso?
A série está potente e falando com a juventude, deu para sentir isso na repercussão. Recebi mensagens de pessoas que foram realmente tocadas pela série, que voltaram a dançar e desenhar. Que não só curtiram ver temas da juventude representados, como se identificaram. Fora que a série fala muito sobre afeto, somos seres afetuosos, e, nesse sentido, é um respiro. Acho que o sucesso vem de uma criatividade linda que olha para a juventude e para questões da sociedade atual sem criar estereótipos ou infantilizar, mas com uma perspectiva humana e real. E que transforma esse olhar em poesia, de forma intrigante. E, também, de uma comunhão de artistas potentes que acreditavam e admiravam o que estavam fazendo.

Podemos esperar uma segunda temporada da série?
Ainda não sabemos sobre a segunda temporada, mas adoraria fazê-la e mergulhar no Chico de novo.

 

Do cinema para as telinhas

Após estrear nas salas tradicionais, o filme Tenet (foto), de Christopher Nolan, chega ao streaming. O longa-metragem estreia a partir de terça-feira nas principais plataformas digitais para compra e aluguel. A narrativa acompanha o protagonista vivido por John David Washington, que se infiltra no mundo da espionagem internacional. A missão dele é evitar a destruição da humanidade. O elenco tem ainda Robert Pattinson, Elizabeth Debicki, Dimple Kapadia e Martin Donovan.


O que vem por aí
A novela Felicidade, de Manoel Carlos, exibida em 1992, chega amanhã ao Globoplay. A produção tem Maitê Proença e Tony Ramos como protagonistas
A Globo estreia, na madrugada de amanhã para terça, uma seleção de episódios da sexta temporada do Vai que cola, às 2h. A temporada vai ao ar de segunda a sexta-feira, sempre após o Jornal da Globo
Na terça-feira, Paulo Gustavo comanda o 220 volts especial de fim de ano, após o especial Roberto Carlos — Emoções em Jerusalém, na Globo
Na sexta-feira, Shonda Rhimes lança o primeiro projeto com a Netflix, o seriado Bridgerton, sobre o mundo da alta sociedade da Regência Britânica

Fabio Audi/Divulgação