Uma iluminação certa pode mudar o ambiente. E saber qual é a melhor luz, cor e voltagem é essencial. “Para cada espaço, existem diferentes tipos de luzes e funções a serem exercidas. Também é determinante as sensações que devem ser evidenciadas no local”, explica a designer Gabriela Yokota.
Se o lugar necessita de maior atenção e funcionalidade, deve-se inserir luzes diretas, difusas e com temperaturas de cores branca neutra ou branca fria. “Mas, se o ambiente necessitar evidenciar a sensação de acolhimento e aconchego, o ideal seriam luzes indiretas, com determinados pontos de luzes focadas e temperaturas de cor branca quente”, compara a especialista em design e tendência da Yamamura, empresa que atua no ramo de iluminação.
Em ambientes de estudo e trabalho, luzes mais intensas e que forneçam maior sensação de concentração para fazer as tarefas são as melhores pedidas. “No entanto, nada impede de termos aquelas que mudam de configuração conforme nossas necessidades diárias, como as dimerizáveis”, explica Gabriela. No home office, o espaço precisa ter luzes diretas e difusas, com a temperatura de cor branca fria. “Essas são as mais adequadas para que a sensação de atenção seja evidenciada”, afirma.
Para cuidados diários
Na hora de se maquiar, fazer a barba e limpar a pele, é importante ter uma boa iluminação. “O recomendado é usar uma luz frontal homogênea, pois é preciso enxergar o rosto sem sombras”, explica arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura.
Segundo ela, as lâmpadas do tipo bulbo ou fitas de LED encaixam-se nessa categoria. “Uma arandela com uma lâmpada opaca branca vai dissipar bastante a luz e serve para essas atividades. Além disso, é bom ter uma luz geral homogênea no teto para que todo o ambiente fique bem iluminado.”
Em muitos espaços, a iluminação projetada é proveniente somente do teto, geralmente, de uma área central. Contudo, essa não é a opção mais indicada para rotinas que exigem mais atenção nos detalhes. Por isso, uma fonte frontal pode ser instalada em paredes ou no próprio espelho.
Sobre a cor, a arquiteta sempre defende os tons quentes — as temperaturas de 2.700K a 3.000K se assemelham mais à luz solar. “Porém, se for um salão de beleza ou um camarim, temos a opção de usar um perfil embutido ou um ring light que tenha uma fita de LED quente e outra fita de LED com 4.000K, mais frio”, detalha. Júlia explica que a combinação dessas duas luzes vai ficar o mais próximo possível da iluminação natural, pois, à medida que o Sol se põe, ela também vai ficando mais fria.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte