O Partido Progressistas (PP) e o União Brasil planejam anunciar a federação entre as duas siglas na próxima terça-feira (29/4). Parlamentares ouvidos pela reportagem informaram que as siglas discutem os últimos detalhes. A federação deverá se chamar União Progressista e terá, se confirmada, o maior grupo da Câmara, com 108 deputados. No Senado, serão 13 nomes.
Fontes no PP disseram à reportagem que o acordo firmado garante que será um nome do partido a presidir a federação no primeiro ano. O favorito, segundo eles, é ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Há, no entanto, uma ala do União Brasil que defende que o cargo fique com o atual presidente do União Brasil, Antonio Rueda.
Procurado pelo Correio, Lira disse que a indicação de um quadro do PP para a presidência foi uma condição para a federação.
“O acordo que possibilitará a criação da Federação Partidária entre o PP e o União Brasil foi celebrado com a garantia, assegurada pelo presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira, de que a presidência da Federação seria indicada neste primeiro ano pelo PP. E o senador Ciro Nogueira é um homem que honra sua palavra”, disse Arthur Lira.
Do lado do União Brasil, está prevista uma reunião na próxima segunda-feira (28) entre o presidente Antônio Rueda, o vice-presidente ACM Neto e a bancada do partido para discutir questões internas antes do anúncio.
Para o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), um dos principais nomes do União Brasil na Câmara, a federação fará bem a ambas as siglas. Ele avalia que a união seria uma demonstração de força e influência, especialmente no Congresso Nacional.
“Acho que na política, você querendo ser grande, você não vai querer ser pequeno. Vai ser uma demonstração de força muito grande você ter mais de 20% dos deputados na Câmara e ter quase 20% dos senadores. Isso é muito significativo, é uma força que você vai ter no parlamento capaz até de determinar votações e decisões. Vai dar um peso político muito grande”, disse ao Correio.
Forte também avalia que a mudança traria uma mudança no cenário político e nos diálogos entre os partidos para 2026.
“Você vai começar com o poder de resolução, de demanda muito maior. Então acho que é um jogo de ganha-ganha. É lógico que tem algumas incompatibilidades regionais mais em questão do personalismo, que muitas vezes se impõem à política, mas que o diálogo possa também construir alternativas. Então eu vejo como uma medida salutar”, pontua Danilo Forte.
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