
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, declarou nesta quinta-feira (3/4) que a responsabilidade pela queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de todos os ministros, e não apenas da comunicação. Ele negou que o evento realizado hoje tenha mirado em um aumento da popularidade do petista, e que foi criado para apresentar as ações do governo federal para a população.
“Não tem nada de eu me isentar da impopularidade. Zero. Eu acho que (sobre) a impopularidade tem responsabilidade todos os ministros, de todas as áreas, a área política, gestão, comunicação, todo mundo”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre a queda na avaliação positiva de Lula. Inicialmente, ele desviou da pergunta.
“E que isso já vem de algum período, ou de agora, isso não tem absolutamente nenhum problema. Eu estou ministro para demonstrar e fazer para a população”, acrescentou.
Batizado de “O Brasil Dando a Volta por Cima”, o evento foi criado para apresentar um balanço dos resultados dos primeiros anos de mandato, em um momento de baixa aprovação do governo. Integrantes da gestão apostam na melhor divulgação dos programas para reverter o cenário.
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Um dia antes, pesquisa Genial/Quaest mostrou rejeição de 56% para o presidente Lula, um recorde entre todos os seus mandatos. “O meu trabalho não é estar aqui para discutir a popularidade do presidente ou do governo. O meu trabalho, essencialmente, é informar a população sobre isso e demonstrar essas ações”, enfatizou Sidônio.
Tom eleitoral
O ministro também negou que o evento de autopromoção do governo tenha adotado um tom eleitoral. Durante a solenidade, foram apresentados dados positivos da gestão petista, como número de pessoas atingidas pelos programas e o crescimento do produto interno bruto (PIB).
“Eu acho que é uma leitura errada, na minha opinião. O principal objetivo do evento é divulgar as ações do governo, mostrar para a população quais são os serviços que tem pela frente, que ela possa usar os serviços, tem alguma coisa de errado nisso? Tem alguma coisa a ver com campanha política?”, indagou Sidônio, que fez carreira como marqueteiro.
“Eu, como ministro, não penso em campanha política. Eu penso no governo”, enfatizou.