
A oposição na Câmara dos Deputados iniciou uma nova ofensiva política para tentar levar ao plenário, com urgência, o projeto que concede anistia aos condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro.
A articulação, liderada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), consiste em coletar assinaturas individuais dos parlamentares, contornando a orientação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pediu aos líderes partidários que aguardem antes de firmar o requerimento formal.
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Durante coletiva de imprensa, concedida nesta quinta-feira (3/4), após a reunião de líderes, Sóstenes afirmou que já conseguiu reunir 163 assinaturas e que a expectativa é alcançar 257 assinaturas até a próxima reunião do colégio de líderes, marcada para a semana que vem. Esse número permitiria que a proposta fosse incluída diretamente na pauta do plenário, sem necessidade de aval dos líderes. “Quero deixar claro que o presidente Hugo Motta é, continua sendo e será sempre aliado do PL em todas as nossas bandeiras, inclusive na anistia. Entretanto, a gente tem que entender as situações e a pressão que a cadeira de um presidente sofre”, explicou Sóstenes.
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Segundo Sóstenes, Kassab assegurou que 60% dos votos do PSD serão favoráveis à anistia. Ele explicou ainda que Hugo Motta orientou os líderes a não assinarem o requerimento de urgência neste momento, razão pela qual a matéria não entrou na pauta desta semana. "Estamos aguardando Hugo Motta sinalizar para que eles assinem. O presidente Hugo Mota está alinhando alguns procedimentos, fazendo alguns comunicados, e por isso pediu a esses líderes, momentaneamente, para que não assinassem o nosso requerimento. Por conta disso, não entrou na pauta hoje", disse.