O governador Romeu Zema (Novo) foi alvo de um novo protesto dos servidores das forças de segurança pública nesta segunda-feira (17/3). A manifestação reuniu dirigentes das entidades de classe das polícias Civil e Penal na porta do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no bairro de Lourdes, Zona Sul da capital mineira, onde o governador esteve na manhã desta segunda para renovar sua carteira de motorista.
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A categoria reivindica recomposição salarial de 44% das perdas inflacionárias e também uma audiência com o próprio governador para tratar das demandas da categoria que, segundo os dirigentes, vão além do aumento salarial. Confira:
Nesta terça-feira (18/3) está prevista uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com representantes do governo e entidades sindicais para debater a reposição de perdas inflacionárias da categoria. Foram convidados os secretários de estado de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, de Governo, Marcelo Aro, e de Planejamento e Gestão, Sílvia Litsgarten, além de lideranças de entidades representativas dos servidores da segurança pública.
Presente na manifestação, o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG), Wladimir Dantas, disse que a categoria reivindica, desde o ano passado, uma audiência com Zema e com o vice-governador Mateus Simões (Novo) e que já foram enviados ofícios nesse sentido, todos sem resposta. “Estamos aguardando aquela conversa com o senhor, governador. Escute a categoria e não somente a voz de quem vai maquiar as informações para vocês”, cobrou Dantas.
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O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais, Wemerson Oliveira, também presente no ato, também cobrou diálogo. “O governador precisa ouvir os representantes da categoria, nós é que sabemos o que está acontecendo. Temos muitos problemas na Polícia Civil. Além da questão salarial, temos problemas estruturais”, defendeu Oliveira.
O governador poderia, segundo ele, ter chamado as entidades para discutir o auxílio-alimentação de R$ 50 reais por dia, podendo chegar a R$ 75 em caso de cumprimento de metas a serem estabelecidas, anunciado por Zema semana passada para os policiais da ativa. Esse benefício, de acordo com ele, excluiu as mães de filhos com problemas de saúde que têm jornada reduzida, já que o vale somente será pago para os que trabalham seis horas diárias. Ele também lembrou que o benefício não será pago a quem estiver de licença médica, mesmo nos casos de acidente de trabalho. “Trabalhador doente também come”, destacou Oliveira.
No ato, os dirigentes afirmaram que o governo esteve na posse do Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais (Sindloc-MG), mas não responde aos pedidos das entidades de uma reunião para debater os problemas da categoria, que pressiona o governador com passeatas nas ruas da capital e atos em eventos em que Zema está presente. No último dia 13/02, Zema participou da posse da nova diretoria do Sindloc-MG, onde falou sobre sua gestão à frente do estado desde 2019.
O governo foi procurado, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem. Caso a resposta seja enviada, o texto será atualizado.