Governo

Lula indica Guido Mantega para Conselho Fiscal da Eletrobras

Indicação ocorre após acordo que aumentou a participação do governo federal na gestão da Eletrobras, privatizada na era Bolsonaro

Antes, Lula cogitou indicar Mantega à presidência da Vale, mas voltou atrás após o nome do ex-ministro sofrer resistência na companhia -  (crédito: EVARISTO SA)
x
Antes, Lula cogitou indicar Mantega à presidência da Vale, mas voltou atrás após o nome do ex-ministro sofrer resistência na companhia - (crédito: EVARISTO SA)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para assumir uma cadeira no Conselho Fiscal da Eletrobras. A indicação ocorreu após o governo e a empresa firmarem um acordo para aumentar a participação federal na administração da companhia, na quarta-feira (26/3).

Além de Mantega, Lula indicou outros três nomes para o Conselho de Administração da Eletrobras: Nelson Hubner, Silas Rondeau e Maurício Tolmasquim.

Mantega é aliado do presidente Lula, e atuou como ministro da Fazenda, ministro do Planejamento e Orçamento, além de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante os governos Lula e Dilma Rousseff. Ele foi o titular da Fazenda mais longevo no cargo, atuando entre 2006 e 2015.

  • Leia também: Governo nega intenção de ter Guido Mantega no comando da Vale

O chefe do Executivo vinha tentando incluí-lo em algum cargo ligado à administração pública. No ano passado, cogitou colocar Mantega como presidente executivo da mineradora Vale, ou ao menos no conselho de administração da empresa. Porém, Mantega sofreu resistência e o petista voltou atrás.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Acordo entre governo federal e Eletrobras

A decisão de levar Mantega para a Eletrobras ocorreu após acordo que ampliou de uma para três cadeiras do governo no Conselho de Administração da empresa, e para uma cadeira a participação do governo no Conselho Fiscal.

O governo federal contestou na Justiça a privatização da Eletrobras, realizada durante o governo de Jair Bolsonaro, e cobrou maior participação na condução da empresa, considerada estratégica pelo chefe do Executivo. O acordo ainda precisa ser ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Victor Correia
postado em 28/03/2025 11:53 / atualizado em 28/03/2025 12:03