
O ex-presidente Jair Bolsonaro irá acompanhar o julgamento da denúncia contra ele na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chegou na Corte por volta das 9h25 desta terça-feira (25/3), e se sentou na primeira fila para acompanhar a sessão. O colegiado decidirá se o chamado “núcleo 1”, considerado o central para a organização do plano criminoso, deve ser transformado em réu.
Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República como o líder do grupo. Na véspera do julgamento, ele se encontrou com o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e participou de um podcast com o chefe do Executivo local. Na ocasião, o ex-presidente se defendeu da acusação de tentativa de golpe.
“Dos 23 ministros meus, tu acha que no caso de um golpe, quem ficaria comigo?”, disse Bolsonaro no podcast Inteligência LTDA.
No mês passado, a PGR denunciou 34 pessoas, divididas em núcleos, por estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. Segundo o órgão, o ex-chefe do Planalto tinha ciência e participação ativa em uma trama golpista para se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A denúncia também destaca um plano de assassinato para matar o chefe do Executivo eleito, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes com o objetivo de efetivo o plano. Outra conexão é o apoio aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 — que culminaram da depredação dos prédios dos três Poderes — como a última cartada do grupo criminoso.
Bolsonaro teve participação direta na tentativa de golpe, segundo a Polícia Federal. "Planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva" dos atos que levariam ao golpe de Estado, que não se consumou por "circunstâncias alheias à sua vontade”.
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