
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou na manhã desta terça-feira (25/3), que as acusações sobre tentativa de golpe de Estado foram feitas de forma "parcial". O político e outros sete aliados serão julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça, a partir de 9h30. "Espero justiça", disse Bolsonaro à imprensa no aeroporto Brasília.
O ex-presidente também comparou a acusação contra ele com as ações da Lava-Jato. Ele alegou que a operação contra a corrupção iniciada em março de 2014 contou com mais de "200 delações", enquanto o processo contra ele tem apenas uma - a do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. "Completamente irregular do começo ao fim, com o vai e vem do delator, que estava pressionado", diz Bolsonaro.
Foram reservadas três sessões para o caso: a partir das 9h30 de terça, com retomada às 14h, e, se necessário, às 9h30 de quarta-feira (26/3). O julgamento terá transmissão ao vivo pela TV Justiça e Rádio Justiça e pelo canal do STF no YouTube.
Além do relator e ministro Alexandre de Moraes, a Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux e pela ministra Cármen Lúcia.
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Esta será a primeira etapa de análises de denúncias por tentativa de golpe de Estado envolvendo a cúpula do governo do então presidente Jair Bolsonaro. Os ministros vão examinar as condutas dos integrantes do “Núcleo 1”, que também foi chamado pela PGR de “Núcleo Crucial”.
Além do ex-presidente da República, fazem parte do grupo o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
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