
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino acompanhou o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, pela condenação de Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão pela participação nos ataques de 8 de janeiro. Débora é conhecida por ter pichado a frase "perdeu, mané" com batom na estátua "A Justiça", em frente à sede da Suprema Corte.
O julgamento ocorre no Plenário Virtual do STF até a próxima sexta-feira (28). Até o momento, apenas Dino, além de Moraes, se manifestou.
Moraes votou para que Débora seja condenada pelos crimes de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; dano qualificado; deterioração do Patrimônio tombado; e associação criminosa armada, além de pagar coletivamente uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais, dividida entre todos os condenados pelo 8 de janeiro.
Frase 'perdeu, mané' foi escrita com batom na estátua
A pena total pelos crimes é 12 anos e seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção, além do pagamento de 100 dias-multa, com cada dia-multa equivalente a um terço do salário mínimo. Ou seja, multa total de aproximadamente R$ 50,5 mil em valores atuais.
O julgamento de Débora ocorre na primeira turma do STF. Ou seja, faltam votar os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
A cabeleireira participou dos ataques antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e pichou com batom a frase "perdeu, mané" na estátua que fica em frente ao STF. O dizer é referência a uma fala do ministro Luís Roberto Barroso, ao ser interpelado por bolsonaristas em Nova York em 2022. Débora está presa desde 2023.