
O presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, esteve presente neste sábado (15/3) no evento "Democracia 40 anos, conquistas, dívidas e desafios" realizado pelo Correio Braziliense, Cidadania, a Fundação Astrojildo Pereira e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Em sua fala durante a abertura, Machado relembrou o triste episódio de 8 de janeiro de 2023.
"Há pouco mais de dois anos, nesta mesma praça dos Três Poderes, o país testemunhou um dos episódios mais sombrios da nossa história. Na tarde de 8 de janeiro de 2023 uma multidão de extremistas atacou de forma vil a sede do poder Executivo, Legislativo e do Judiciário. Com paus, pedras e bombas, agrediram violentamente os símbolos que representam o Estado Democrático de Direito. Como cidadão brasileiro, espero, sinceramente, que aquelas cenas nunca mais se repitam na capital da República ou em qualquer unidade do país", disse.
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O presidente do Correio também exaltou a coragem de José Sarney e Tancredo Neves ao lutarem pela retomada da democracia no Brasil há 40 anos. "Estamos aqui para celebrar os 40 anos da redemocratização do Brasil, para homenagear todos aqueles que trabalharam incessantemente para encerrar um regime de autoritarismo e retomar a constituição de um país mais moderno, mais inclusivo, mais tolerante, mais democrático. Como mineiro, não poderia deixar de mencionar a heroica participação de Tancredo Neves, que deu a vida pela democracia brasileira. E expresso aqui igual admiração e agradecimento ao nosso presidente José Sarney, que teve a coragem e a firmeza de dar continuidade ao pacto e ter permitido ao Brasil um reencontro com o Estado de Direito", homenageou.
Machado também relembrou o papel do jornal com a democracia atual e o difícil e importante papel de sua defesa. "Episódios como o 8 de janeiro nos entristecem porque mostram em um grau inaceitável a incompreensão respeito de uma das nossas maiores conquistas: a democracia. Porque é a democracia que nos sustenta como nação, é a democracia que une, nos permite dialogar, chegar ao entendimento, buscar o caminho da conciliação. A democracia permite, inclusive, que tenhamos divergências, mas sempre dentro dos limites definidos por nossa lei maior: a Constituição. Foram esses feitos históricos que nos conduziram até aqui. Foi desse esforço coletivo que renasceu a democracia do nosso país. Reforço aqui o nosso compromisso com a lei e a informação de credibilidade sejam pilares contra o autoritarismo e a ignorância", concluiu.
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História do Brasil nas lentes
Machado ainda convidou a todos os presentes para visitarem a exposição da Assembléia Nacional Constituinte em 1987, com fotos das edições impressas da época, contando a história do Brasil através das lentes fotográficas. "Convido a todos a visitarem a exposição com alguns registros históricos feitos pelo jornal durante a constituinte. Outro momento crucial pela nossa democracia. As imagens selecionadas, dão a dimensão dessa data histórica, os fotógrafos do Correio Braziliense mostram uma Esplanada dos Ministérios tomada por milhares de pessoas ansiosas por testemunhar o início da inauguração da nova constituição", relembrou.
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