
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim afirmou que o país precisa focar no futuro, sem retaliações ao passado e buscar a redução do ódio político. A declaração foi dada neste sábado (15/03), durante sua participação no evento “Democracia 40 anos: Conquistas, Dívidas e Desafios”, realizado no Panteão da Pátria, em Brasília.
- Leia também: Maria Abadia celebra resgate da memória: "Despertar para importância da democracia brasileira"
- Leia também: Sarney diz que não há crise na democracia: "O preço da liberdade é a eterna vigilância"
- Leia também: Bachelet alerta para ameaças à democracia e destaca desafios globais
Jobim destacou que a democracia brasileira tem se consolidado ao longo das últimas quatro décadas, apesar dos desafios e conflitos políticos. “Tivemos 40 anos, a construção durou, está durando, as instituições estão acertadas, tem lá os seus conflitos, mas o que nós precisamos é pensar no futuro”, afirmou o ex-ministro.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Para ele, a manutenção da democracia exige não apenas vigilância, mas também a compreensão de que a política deve ser conduzida com equilíbrio e sem revanchismos. “Pensar no futuro significa não ter retaliações do passado e também a redução do ódio político”, ressaltou.
O evento contou com a participação de diversas personalidades para discutir o avanço da democracia brasileira desde o fim do regime militar.
Estiveram presentes o ex-presidente José Sarney, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, o ex-presidente uruguaio Julio María Sanguinetti, a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia e a ex-governadora do Distrito Federal Maria de Lourdes Abadia.