
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, nesta sexta-feira (14/3), a prisão preventiva do ex-ministro Walter Braga Netto. Ele foi preso em dezembro por suspeita na investigação sobre uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ação está no plenário virtual da Corte — sistema que os integrantes votam sem a necessidade de discussão presencial sobre o tema. A 1ª Turma do STF é formada pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
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Braga Netto é acusado de ser o financiador do plano golpista. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, também denunciou que o general e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, tentaram obter informações sobre o conteúdo de seus primeiros depoimentos à Polícia Federal.
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A prisão de Braga Netto foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apurada uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota eleitoral em 2022. O trama também previa o assassinato do presidente Lula e do próprio integrante do STF. Além de planejar deslegitimar o processo eleitoral, o grupo é acusado de financiar atos antidemocráticos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
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Na delação premiada, Cid indicou que o dinheiro para o plano de matar autoridades teria sido entregue em uma sacola de vinho pelo ex-ministro Walter Braga Netto. O montante teria sido repassado os chamados Kids Pretos, das forças especiais do Exército. Eles seriam os responsáveis por executar o plano.