Ataque à democracia

Advogado de Bolsonaro se reúne com Barroso após denúncia de plano golpista

STF não informou a pauta do encontro, e Vilardi também não se pronunciou sobre motivo da reunião

Ex-presidente tem adotado uma estratégia de contestação das provas obtidas por meio da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
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Ex-presidente tem adotado uma estratégia de contestação das provas obtidas por meio da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

O advogado criminalista Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, tem uma audiência nesta segunda-feira (24/2) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. A informação consta da agenda oficial do ministro, divulgada pela manhã.  

O STF, porém, não informou a pauta do encontro, e Vilardi também não se pronunciou sobre o motivo da reunião. A defesa do ex-presidente tem adotado uma estratégia de contestação das provas obtidas por meio da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.  

A reunião acontece seis dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro por liderar uma suposta organização criminosa que teria articulado um golpe no fim de 2022. O ex-presidente foi acusado de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, grave ameaça contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e organização criminosa.  

Na última quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, negou um pedido da defesa do ex-presidente para estender o prazo de resposta à denúncia de 15 para 83 dias — o mesmo tempo que a PGR teve para analisar o relatório da Polícia Federal antes de formalizar a acusação. Os advogados alegaram dificuldades no acesso integral às provas, argumento refutado por Moraes.  

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A expectativa é que a defesa de Bolsonaro continue a buscar meios para contestar a denúncia, enquanto o STF avança com a análise do caso.

Correio Braziliense
postado em 24/02/2025 15:04 / atualizado em 24/02/2025 16:46