
O Senado instalou, ontem, as comissões permanentes para 2025 e elegeu os senadores que estarão à frente delas para o próximo biênio. A maioria dos colegiados será composta por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tudo estava praticamente decidido desde o acordo que levou Davi Alcolumbre (União-AP) novamente ao comando da Casa.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante por avaliar a constitucionalidade de projetos e emendas, estará nas mãos de Otto Alencar (PSD-BA). O senador baiano tem facilidade de diálogo com diferentes frentes políticas, mas, sobretudo, construiu boa relação e proximidade com o Palácio do Planalto. A expectativa é de que isso facilite a tramitação de propostas vindas do Executivo.
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Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o comando será de Renan Calheiros (MDB-AL), que também tem bom relacionamento com o Planalto. Mas, no discurso de posse, mandou um recado aos críticos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro do governo e do PT. Destacou que a prioridade da comissão será a racionalização dos gastos públicos, com medidas para conter despesas e melhorar a eficiência dos recursos federais.
Definições
Outros colegiados também foram definidos. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) será comandada por Nelsinho Trad (PSD-MS). Na de Ciência e Tecnologia (CCT), o senador Flávio Arns (PSB-PR) assume a presidência. A de Fiscalização e Controle (CFTC) ficará com o senador Dr. Hiran (PP-RR).
A Comissão do Esporte (CEsp) será liderada pela senadora Leila Barros (PDT-DF). A de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) foi para Zequinha Marinho (Podemos-PA) e a de Infraestrutura (CI) para o bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO).
Outro nome da oposição, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), comandará a Comissão de Segurança Pública (CSP). Na de Direitos Humanos (CDH), Damares Alves (Republicanos-DF) assume.