
O senador Flávio Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (19/2), que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado é "frágil" e fundamentada apenas na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O líder da oposição no Congresso Nacional também disse que acredita que o pai poderá ser candidato a presidente em 2026.
"Tenho certeza que com o cenário político mudando e a defesa técnica atuando e apontando os erros, nós vamos conseguir mudar e muitos dos que estão hoje criticando vão votar em Bolsonaro para presidente rindo em 2026", declarou o senador em conversa com jornalistas após a instalação das comissões permanentes do Senado.
Veja o vídeo:
Denúncia da PGR
Além de Bolsonaro, foram denunciados o general Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e outros.
Os 34 denunciados pela PGR são acusados de cometer os seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Conforme as investigações, o plano iniciou em 2021, com os ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação, por meio de declarações públicas e na internet. As acusações baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens. As denúncias serão analisadas pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes.
A PGR destacou que a organização criminosa tinha como líderes o então presidente da República, Bolsonaro e o candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto. Aliados a outras pessoas, civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido.
A defesa de Jair Bolsonaro emitiu uma nota, na noite de terça-feira (18/2). Segundo os advogados do ex-presidente, a denúncia apresenta “precariedade, incoerência e ausência de fatos”.
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