TENTATIVA DE GOLPE

"Copia e cola do que o Cid falou", diz Flávio Bolsonaro sobre denúncia da PGR

Ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos 34 denunciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado

Senador Flávio Bolsonaro disse que não há provas contra o pai e a denúncia é
x
Senador Flávio Bolsonaro disse que não há provas contra o pai e a denúncia é "vazia" - (crédito: Andressa Anholete/Senado)

O senador Flávio Bolsonaro criticou, nesta quarta-feira (19/2), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O líder da oposição no Congresso Nacional disse que não há provas contra o pai e a denúncia é "vazia".

"É um copia e cola do que o Cid botou no papel. O que estamos vendo é a PGR se baseando em um rascunho de projeto de Estado de Sítio, que seria enviado, supostamente, ao Congresso Nacional, algo que ninguém sabe quem foi que escreveu. Nem a própria PGR sabe quem foi que teria escrito esse rascunho”, disse o senador em entrevista à CNN.

Flávio também criticou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. "Eu teria vergonha se eu fosse ele (Gonet) de entrar em casa e olhar nos olhos da esposa e dos filhos ante essa grande injustiça que ele está cometendo. Ele está se sujeitando a um papel ridículo depois de toda a avacalhação que o Alexandre Moraes fez com que o Ministério Público Federal fez por inteiro", afirmou.

Ainda segundo o senador, Gonet teria aceitado "fazer um jogo que interessa muito a quem o indicou a cadeira de procurador-geral: o presidente Lula".

"Por um lado, ficamos tranquilos porque sabemos que o presidente Bolsonaro não fez nada de errado. Mas, por outro lado, observamos um grande aparato persecutório, usando a máquina pública, para tentar condenar uma pessoa inocente", emendou Flávio Bolsonaro.

Denúncia da PGR

Além de Bolsonaro, foram denunciados o general Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e outros. 

Os 34 denunciados pela PGR são acusados de cometer os seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Conforme as investigações, o plano iniciou em 2021, com os ataques sistemáticos ao sistema eletrônico de votação, por meio de declarações públicas e na internet. As acusações baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens. As denúncias serão analisadas pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes.

A PGR destacou que a organização criminosa tinha como líderes o então presidente da República, Bolsonaro e o candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto. Aliados a outras pessoas, civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Aline Gouveia
postado em 19/02/2025 10:30 / atualizado em 19/02/2025 14:55