Combustível fóssil

Lula: Marina "jamais será contra" explorar petróleo na Foz do Amazonas

O presidente voltou a defender, nesta sexta (14/2), que o Ibama conceda licença de exploração de petróleo na costa amazônica, que traz riscos ao bioma

Lula no Pará -  (crédito: Ricardo Stuckert / Presidência da República )
x
Lula no Pará - (crédito: Ricardo Stuckert / Presidência da República )

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (14/2) ter "certeza" de que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “jamais será contra” a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas.

O petista destacou ainda que o Planalto está atuando para convencer a ministra e o Ibama de que é possível explorar o combustível na região sem  causar danos ao meio ambiente.

“Tenho certeza de que a Marina jamais será contra, porque a Marina é uma pessoa inteligente. O que ela quer não é ‘não fazer', mas é 'como fazer'. Isso é uma coisa que eu quero, ela quer e que você quer”, respondeu Lula a ser questionado durante entrevista à Rádio Clube, do Pará.

  • Leia também: Servidores do Meio Ambiente criticam pressão de Lula sobre o Ibama

Planalto quer “mostrar” que é possível explorar o petróleo

O presidente Lula vem aumentando a pressão nas últimas semanas para que o Ibama, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, conceda a licença para exploração do Bloco 59 o quanto antes. O local fica a cerca de 200 km da costa do Amapá , e o órgão ambiental aponta riscos para o bioma amazônico.

“O Rui Costa (ministro da Casa Civil) está trabalhando muito. A gente quer mostrar para o Ibama, para a companheira Marina, e para os especialistas, que é plenamente possível fazer a prospecção do petróleo, e a gente não pode prescindir. Essa riqueza, se existir, vai ajudar a transição energética e a gente a manter a floresta em pé”, justificou o chefe do Executivo.

Na última quarta-feira, Lula criticou o “lenga-lenga” do Ibama para conceder a licença, que permite a perfuração do poço para que a Petrobras verifique se há reservas exploráveis no local. O processo gera riscos de derramamento de petróleo. A fala gerou revolta entre os servidores do órgão.

Victor Correia
postado em 14/02/2025 12:01 / atualizado em 14/02/2025 18:38