
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu ser humilde e continuar a ouvir seus colegas deputados se for confirmado como presidente da Câmara na tarde deste sábado (1º). Em discurso antes da votação, Motta disse que a humildade é sinal de firmeza e que se tornar presidente não pode ser uma desculpa para a arrogância.
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“Considero que a arrogância é uma marca de fraqueza na vida pública. E não entendo que a humildade seja sinal de fraqueza, mas de firmeza”, afirmou Motta. “O presidente é um deputado, que tem de servir essa casa como um igual. Pois chegará ali com esse broche e dali sairá com ele”, continuou.
Hugo Motta também relembrou quando chegou à Câmara, no início de 2011. O deputado disse que nunca pensou na Presidência da Câmara como o “auge do poder” de um deputado ou deputada. Reconheceu, também, que o poder que vem com o cargo é passageiro e transitório.
“Quando subi aqui pela primeira vez, nunca olhei para aquela cadeira da presidência imaginando que fosse o auge do poder de uma deputada ou de um deputado. E continuo pensando da mesma maneira. O auge de um projeto popular no Legislativo é aqui. Aqui chegamos pela vontade do povo e todos que chegam até aqui são iguais. Aquela cadeira não faz nenhum de nós diferente. É transitória, efêmera”, afirmou.
“Se for da vontade de vossas excelências que eu possa ter a honra de presidir esta Casa, quero deixar claro que serei o que sempre fui. Serei um deputado presidente e não um presidente deputado. Sair daqui para ali não pode ser a distância entre a humildade e a arrogância. Acredito na humildade não como discurso moral, mas como atitude de vida e como postura política”, disse Hugo Motta.
O deputado ainda falou sobre a defesa da democracia e diz que entende que seu papel como presidente da Câmara será de ser uma peça transitória.
“Quero ser um elo na corrente, um elo forte, mas com a consciência de ser apenas um elo na corrente que não deve se quebrar, que não deve se partir, que não podemos deixar se romper. Porque todas as vezes que romperam essa corrente em nossa história, partiram a democracia. O meu dever é ser esse elo, passageiro, como todo poder. Efêmero, mas sólido, que deverá se ligar ao elo que virá depois, para que essa corrente continue intacta e a nossa democracia, inquebrantável”, disse.