Em seu perfil do X (antigo Twitter), a deputada do Partido Liberal (PL) Carla Zambelli comemorou a revogação de ato sobre fiscalização do Pix, anunciada pelo governo Lula nesta quarta-feira (15/1).
"Lula sentiu a pressão da população e voltou atrás em relação ao Pix. A União faz a força! Não se deixem enganar. Enquanto esse DESgoverno estiver no poder, o Brasil não terá paz", escreveu ela.
O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) também celebrou o recuo do governo federal e disse que a decisão é uma vitória da pressão popular.
O senador Jorge Seif (PL-RJ), ex ministro de Bolsonaro, disse que o Pix é uma conquista do governo Bolsonaro e questionou a razão do governo revogar a medida. "O governo tentou esconder, dizendo que o que falamos era mentira. Se era mentira, por quê revogar? Prova de que sempre estivemos certos. O PIX é uma conquista deixada por Bolsonaro ao povo e não vamos permitir mudanças", publicou no X.
O também senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que o governo de Lula é uma piada e disse sentir saudades de Bolsonaro como presidente. "Lula 3 consegue ser uma piada ainda maior que Dilma 2. Com medidas atabalhoadas e a recusa de adotar reformas estruturantes, o governo mostra que só pensa em arrecadar, e que nunca terá a confiança do povo. Por isso, a sanha de censurar as redes sociais", escreveu no X.
Outros parlamentares de direita comemoraram a revogação da medida e atribuíram o recuo do governo a um vídeo do Nikolas Ferreira criticando a fiscalização do pix, que teve mais de 150 milhões de visualizações.
Gustavo Gayer (PL-GO) gravou um vídeo dizendo que o governo sofreu uma derrota vergonhosa.
O ministro da Economia Fernando Haddad disse nesta quarta-feira que nunca houve intenção de taxar o Pix e que o governo vai soltar uma nota provisória para garantir que não terá taxação sobre essa modalidade de pagamento.
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Haddad ainda afirmou que o governo vai acionar a Justiça contra quem está propagando fake news sobre a taxação do Pix.
Entenda o caso
No início do mês, a Receita Federal atualizou as normas para monitoramento de transações financeiras, a fim de impedir a sonegação fiscal. As novas regras estabeleciam o monitoramento de movimentações acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para as jurídicas.
O Pix seria incluído nessa atualização, assim como os cartões que, segundo a Receita, já eram monitorados em movimentações acima de R$ 2 mil para pessoa física e R$ 6 mil para pessoa jurídica.
Fake news se espalharam nas redes sociais de que o governo estaria querendo taxar os pequenos comerciantes e pessoas mais pobres, apesar de que as autoridades afirmarem que não era o caso.
Após a repercussão negativa, as regras antigas de fiscalização voltaram a valer (R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para jurídicas em cartões ou depósito bancário).