ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

'Xandão e eu escapamos de um golpe de um bando de aloprados', diz Lula

O presidente disse que um bando de "irresponsáveis" e "aloprados" achou que não precisaria deixar a Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira (8), que escapou, junto com o “Xandão” (como ele chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) de uma tentativa de golpe de um atentado de um bando de “aloprados e irresponsáveis”.

“Eu escapei, junto com o Xandão e com o companheiro Alckmin de um atentado de um bando de irresponsáveis, eu diria um bando de aloprados que acharam que não precisava deixar a Presidência depois do resultado eleitoral e que seria fácil tomar o poder”, disse Lula em discurso no evento que marcou os dois anos do 8 de Janeiro de 2023, quando radicais bolsonaristas destruíram as sedes dos Três Poderes.

“Eu fico imaginando se tivesse dado certo a tentativa de golpe deles, o que iria acontecer nesse país? Se eles estavam pensando em matar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o vice-presidente da República e a mim, ele não queria que continuasse ninguém da nossa cepa, Alckmin. Nós conseguimos escapar”, afirmou.

“Eu acho que Deus é muito inteligente e Deus falou: não é possível trazer esses três caras pra cá, vamos deixar eles na Terra porque eles vão dar muito mais trabalho lá do que aqui”, brincou Lula.

O presidente comentava sobre as dificuldades que teve para chegar e permanecer na Presidência da República. Citou o câncer que teve na laringe (descoberto em 2011). “Eu tive um câncer que eu achei que já tinha chegado ao meu fim porque eu já tive três irmãos que morreram de câncer e sobrevivi ao câncer e estou aqui forte impávido colosso para dirigir esse país”, afirmou o petista.

O presidente ainda lembrou de episódios recentes ele considerou como preocupantes. O primeiro foi o defeito no avião em que ele estava no México em outubro deste ano. Depois de constatarem uma falha mecânica, os pilotos passaram 4h30 sobrevoando o México para gastar combustível.

“Depois eu sobrevivi, junto com muitos companheiros aqui, a cinco horas dentro de um avião torcendo para o avião não cair no aeroporto do México. Eu nunca tinha vivido essa experiência. Briguei com os pilotos, porque eu queria informação, queria pousar de qualquer jeito”, relembrou.

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