Dois anos após os atos antidemocráticos que destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília, o país se prepara para relembrar o episódio na próxima quarta-feira (8/1). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) organizou uma série de eventos para marcar a data e receber autoridades de todo o Brasil, que são aguardadas em ao menos um dos momentos organizados pelo Palácio do Planalto.
O primeiro ato será às 9h30, na Sala de Audiências do Palácio do Planalto. Haverá uma cerimônia de reintegração de obras de arte danificadas durante a invasão do início de 2023. Depois, no terceiro andar do prédio — onde fica o gabinete da Presidência da República —, será realizado o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti. Esse momento está marcado para as 10h30.
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Às 11h, Lula fará uma cerimônia com autoridades no Salão Nobre do Palácio do Planalto, onde o presidente promove os principais atos políticos. Segundo apurou o Estado de Minas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi convidado para participar do ato, mas ainda não decidiu se vai vir a Brasília. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estará presente.
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Em seguida, haverá o “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes. Lula descerá a rampa do Planalto para chegar ao local. A ideia é representar a força da democracia, com o presidente eleito refazendo o ato da posse.
Os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 foram conduzidos por grupos bolsonaristas que não aceitavam a vitória do Lula. As sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal foram invadidas e duramente depredadas, em um ataque sem precedentes à democracia brasileira.
Nesta segunda-feira (6/1), uma nova pesquisa realizada pela Quest revelou que, dois anos após os eventos, 86% dos brasileiros reprovam os atos golpistas. O estudo também mostrou que apenas 7% dos entrevistados aprovam as ações, enquanto os 7% restantes não souberam responder ou não opinaram.
Um dado surpreendente da pesquisa é que, mesmo entre os eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, a taxa de desaprovação dos atos é de 85%. Esse número indica uma rejeição quase unânime aos eventos antidemocráticos, independentemente da orientação política dos entrevistados.