![Com a ausência de figuras de peso no governo para combater a direita, o governo já começa a organizar sua comunicação em torno do presidente - (crédito: Ricardo Stuckert/PR) Com a ausência de figuras de peso no governo para combater a direita, o governo já começa a organizar sua comunicação em torno do presidente - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/29/675x450/1_padilha_lula_2026_candidato-45524121.jpg?20250129153647?20250129153647)
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (29/1) que Luiz Inácio Lula da Silva é o melhor candidato da esquerda para 2026. Para Padilha, o petista vai chegar a 2026 com “saúde” e “apetite” para continuar os feitos do atual governo.
“Tenho certeza absoluta de que o presidente Lula vai chegar em 2026 com saúde e apetite para defender da melhor forma esse governo, e a melhor forma de defender o governo é ser candidato à reeleição. Ele é o melhor para fazer isso”, disse em entrevista à Folha de S.Paulo.
A possibilidade de o petista concorrer à reeleição era uma dúvida desde o início do governo, devido à idade avançada do presidente, que fará 81 anos no próximo ano. Com a ausência de figuras de peso no governo para combater a direita, no entanto, o governo já começa a organizar sua comunicação em torno do presidente.
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Nas últimas semanas, desde que o marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o que se viu nas redes sociais de Lula e de aliados foi uma padronização do discurso, do conteúdo e da identidade visual.
São frequentes, agora, vídeos de Lula conversando com a população, especialmente com aqueles que foram beneficiados por alguma política pública do governo, como o ProUni (Programa Universidade para Todos) ou o Bolsa Família. A escolha do conteúdo lembra o tom adotado na campanha.
A construção de uma candidatura forte em 2026, porém, passa pelo enfrentamento das questões econômicas que estão minando a popularidade do governo. Alexandre Padilha disse, também, que não há bala de prata nessa questão, mas que o governo quer endereçar essas questões no Congresso.
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“A agenda completa vamos apresentar na segunda semana de fevereiro. Mas ela tem alguns eixos que considero prioritários: uma agenda econômica para um Brasil justo; estímulo ao empreendedorismo e investimento no nosso país; reforço à educação no centro do projeto de desenvolvimento; agenda ambiental; um eixo que dialoga, por exemplo, com os entes federativos, como é a PEC da Segurança; e um eixo de enfrentar crimes no ambiente digital”, afirmou.
Para avançar nesses assuntos, o governo precisará ampliar seu apoio no Congresso. Isso dependerá de como será feita a distribuição de cargos na iminente reforma ministerial, que deve ampliar o espaço do centrão na Esplanada.
Questionado sobre os partidos com ministérios que não entregam votos no Congresso, Padilha disse à Folha que a culpa é da fragmentação. Mas que reconhece que os partidos que hoje compõem a Esplanada foram importantes para aprovar matérias de interesse do Executivo.
“Nós não teríamos aprovado a reforma tributária, o marco fiscal e o aumento do salário mínimo sem a colaboração importante desses ministros, desses partidos. E quero reafirmar que eles estão em primeiro lugar na fila da defesa do presidente Lula. E da defesa, inclusive, da reeleição”, frisou.