
Parlamentares de direita aproveitaram a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, para se promover nas redes sociais e tentar mobilizar, no ambiente digital, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com vistas a 2026.
O mais "barulhento" foi Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que viajou a Washington para participar de eventos da posse e publicou vídeos e fotos celebrando com apoiadores de Trump nas ruas da capital norte-americana.
Ele republicou um vídeo em que o ex-assessor de Trump Steve Bannon fala sobre a situação política de seu pai e diz que Eduardo será o futuro presidente do Brasil. O parlamentar brasileiro também chamou de covarde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, ontem, disse não querer ser inimigo dos Estados Unidos.
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"Ué, Lula, quer ser amigo de nazista agora? Se Donald Trump não tivesse sido eleito, a ilustre primeira-dama seria elogiada por Lula a cada 'fuck you, Elon Musk' que gritasse. A propósito, seus ministros seguem atacando Trump mesmo após eleito", escreveu no X (antigo Twitter).
Já o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) destacou que "Donald Trump inicia um novo capítulo de força, liberdade e soberania nos Estados Unidos". "O mundo precisa de líderes que coloquem suas nações em primeiro lugar, defendam valores fundadores e protejam sua cidadania, civilização e fronteiras." Por sua vez, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) destacou que "um grito de liberdade está sendo dado e ecoará em todo o ocidente", inclusive no Brasil.
Além de Eduardo, outros congressistas comemoraram a posse de Trump em Washington. Entre eles, estão os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP). As duas últimas disseram, em seus posts, que suas viagens foram custeadas com recursos próprios.
Zambelli afirmou, em um vídeo, que a postura de Trump contra o terrorismo respinga no Brasil, que, segundo ela, tem um presidente que "é um grande fã do terrorismo". "A partir de hoje, muita coisa vai mudar para os Estados Unidos, e o Brasil entra nessa história, quando a gente fala da luta contra o terrorismo, da luta contra o racismo, da luta contra a agenda woke, porque os Estados Unidos acabam influenciando o mundo todo." (IM)