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Reforma ministerial pode sair neste mês, diz Rui Costa

Ministro da Casa Civil, Rui Costa diz que presidente Lula tende a fazer troca de cadeiras até o próximo dia 21

 28/11/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politica. O ministro Fernando Haddad e a ministra  Simone Tebet e os ministros  Rui Costa e Alexandre Padilha concedem coletiva de imprensa sobre corte de gastos, no Palácio do Planalto -  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
28/11/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politica. O ministro Fernando Haddad e a ministra Simone Tebet e os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha concedem coletiva de imprensa sobre corte de gastos, no Palácio do Planalto - - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Após a demissão de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode fazer a reforma ministerial neste mês. A troca de cadeiras ainda não está certa, no entanto, segundo ele, o petista está focando em "aperfeiçoar a gestão".

O ministro sinalizou que a mudança no comando das pastas pode ocorrer até o dia 21, data da próxima reunião com ministros do governo. "Há indicativo do presidente de que quer fazer eventuais mudanças ainda neste mês, até para que quem entrar possa ter mais tempo de fazer alterações que o presidente espera", disse em entrevista à Globo News.

"Teremos reunião de ministério dia 21 e eventualmente alterações, se o presidente assim decidir, podem ser feitas antes dessa reunião", acrescentou o ministro. Ele ponderou que Lula ainda não bateu o martelo. "O presidente está avaliando, não decidiu sobre mudanças no governo, está numa fase de reflexão."

A possível troca ocorrerá na esteira das mudanças na pasta da comunicação da Presidência. No início da semana, Lula anunciou a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira, que foi marqueteiro da campanha eleitoral do petista em 2022. O chefe do Executivo optou por mudanças na Secom, em busca de melhorar a comunicação do governo. Ele entende que as conquistas de seu mandato não estão chegando para a população.

De acordo com Rui Costa, a saída de Pimenta, nesta semana, se deu pelo fato de que o governo está entrando em um "novo momento". "É como se tivesse terminado o primeiro tempo, estamos entrando no segundo tempo, dado, inclusive, as mudanças rápidas na forma de acessar comunicação pela população", afirmou.

Sidônio, que recebeu carta branca do chefe, já fez sua primeira alteração na pasta. Foi anunciada, nesta quinta-feira, a demissão do secretário de Imprensa José Chrispiniano. Homem de confiança de Lula, Chrispiniano o assessorava desde 2011, ao final de seu segundo mandato.

Ele acompanhou o petista durante toda a Operação Lava-Jato, sua prisão em Curitiba e também durante a campanha de 2022. Laércio Portela, então secretário de Comunicação Institucional, é quem deve assumir o cargo.

Antes das declarações de Rui Costa, a expectativa era de que as mudanças ficassem para depois das eleições às presidências da Câmara e do Senado, marcadas para o começo de fevereiro. O titular da Casa Civil afirmou ainda que Lula orientou os ministros a não interferirem no pleito.

Defesa na mira

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, foi menos direto e procurou não se comprometer com declarações sobre uma eventual troca de cadeiras. Ele negou que o governo fará uma reforma, mas, sim, "mudanças pontuais". "Não acredito que o presidente Lula vá fazer uma reforma ministerial. Ele fará mudanças pontuais, como fez na área da comunicação do governo", disse, durante entrevista à Rádio Eldorado.

Outro nome cotado para deixar a equipe ministerial, por vontade própria, é o de José Múcio, ministro da Defesa. Desde o fim do ano passado, ele já dizia que acreditava ter cumprido a missão de apaziguar as Forças Armadas e estabelecer relação mais amena com o governo federal. No início do governo, Múcio até avisou ao presidente que não pretendia ficar toda a gestão no comando da pasta.

O ministro compareceu ao ato para lembrar os dois anos do 8 de Janeiro, com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Não se sabe, porém, até quando ele continuará ocupando o posto, apesar de ser amplamente elogiado pelo governo. "Quero destacar o bom trabalho do ministro da Defesa. É um trabalho importante, que deveria continuar. Vamos aguardar. Acho que José Múcio faz um bom trabalho e deve continuar", defendeu Alckmin.

O vice-presidente está cotado para assumir a pasta, caso se confirme a saída de Múcio. "Missão é missão. Mas o meu candidato a ministro (da Defesa) chama-se José Múcio", declarou Alckmin.

 

 

Rafaela Gonçalves
Mayara Souto
postado em 10/01/2025 03:55
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