Se alguns prefeitos empossados ontem já miram 2026, há quem precise focar seus esforços no presente. Em Goiânia (GO), o empresário Sandro Mabel (União Brasil) assumiu a Prefeitura da cidade, mas sua permanência no cargo ainda é dúvida.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás determinou, depois das eleições, a cassação da chapa de Mabel e sua inelegibilidade por oito anos. A Justiça Eleitoral entendeu que houve abuso de poder por parte do governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), que também foi declarado inelegível.
A posse dos eleitos ontem não foi realizada no plenário da Câmara de Vereadores do município. Com direito a show de luzes e música de fundo, deu-se no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, na Universidade Federal de Goiás.
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No discurso, Mabel, que declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 313,4 milhões, disse que não esperava mais disputar eleições, mas atendeu a um chamado do governador Ronaldo Caiado. O empresário já concorreu à Prefeitura de Goiânia e perdeu. Também foi deputado estadual e federal.
"Nós vamos pegar uma cidade muito difícil, uma cidade que está cheia de problemas. E eu precisarei, logicamente, da compreensão e da ajuda de toda a população", destacou. "Nós adotaremos medidas duras inicialmente, muito duras, porém necessárias à contenção dos gastos, ao rearranjo da administração, a uma nova visão da administração."
Mabel também citou uma série de problemas da cidade e disse esperar que seus secretários trabalhem 12 horas por dia. "Eu acordo cedo e durmo tarde", sustentou o prefeito, que também cobrou a participação dos vereadores em mutirões de limpeza da cidade, que enfrenta uma crise na coleta de lixo. A partir deste ano, moradores da cidade pagarão de R$ 258 a R$ 1.600 a título de contribuição para o serviço de limpeza urbana. A Taxa de Limpeza Pública foi articulada por Mabel na Câmara de Vereadores antes mesmo de assumir o cargo.