A Justiça Eleitoral determinou, nesta sexta-feira (20/12), a cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito de Água Boa, no Vale do Rio Doce. A decisão ocorre após julgamento de uma Ação de Investigação Eleitoral ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Eles foram condenados pela prática de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico. Além da cassação, ambos foram multados em R$ 50 mil e declarados inelegíveis por oito anos, a partir das eleições de 2024.
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O prefeito Orlando Pereira (Solidariedade) foi reeleito para o segundo mandato consecutivo para chefiar o Executivo de Água Boa ao lado de Leandro Keoma (PSDB). A chapa teria, com a ajuda de dois cabos eleitorais, oferecido R$ 100 mil a um eleitor em troca de apoio político e voto. Desse montante, R$ 50 mil foram pagos antes das eleições.
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Além disso, o MPE afirma que o prefeito ofereceu R$ 2 mil a outros dois eleitores, com metade do valor entregue previamente por um dos cabos eleitorais. Como parte do acordo, os eleitores também tiveram seus veículos adesivados com propaganda do candidato à reeleição.
A decisão também afetou três cabos eleitorais da chapa vencedora. Um deles foi multado em R$ 5.320,50 pela prática de captação ilícita de votos, enquanto os outros dois receberam a pena de inelegibilidade por oito anos devido ao abuso de poder econômico durante a campanha.
A Prefeitura de Água Boa foi procurada pelo Estado de Minas, para que o prefeito pudesse se posicionar sobre a cassação. No entanto, até a publicação desta matéria, ela não havia respondido. Caso o prefeito responda, o texto será atualizado.