O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou para Brasília, ontem, nove dias após uma cirurgia de emergência para drenar um sangramento na cabeça. O chefe do Planalto estava em São Paulo e passou por uma tomografia no Hospital Sírio-Libanês para ser liberado pelos médicos e voltar à capital. Nesta sexta-feira (20/12), está previsto um almoço dele, no Palácio da Alvorada, com seus 38 ministros para um balanço e confraternização de fim de ano.
Segundo a programação do encontro, apenas o petista deve discursar. Embora Lula tenha o costume de realizar longas reuniões ministeriais, com falas e apresentações de todos os presentes, a cerimônia foi reduzida em razão da recomendação médica.
Lula decidiu retornar em meio à grande atividade no Congresso Nacional, incluindo votações sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo. Ele estava articulando as negociações, recebendo ministros em seu apartamento em São Paulo e seguirá trabalhando em Brasília.
A equipe médica informou à imprensa que o petista está bem e poderá trabalhar normalmente. Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha a saúde de Lula, não há mais hematoma presente. "O presidente realizou a tomografia de controle, como estava prevista. O exame está melhor, até. O estado geral dele é bom e a equipe médica liberou ele para ir para Brasília no dia de hoje", disse. "Simplesmente o hematoma não existe mais, e (está sendo feito) um controle tomográfico após uma cirurgia desse porte", completou.
O chefe do Planalto foi operado às pressas na madrugada de 10 de dezembro para drenar um sangramento da cabeça, reflexo da queda que sofreu no banheiro do Palácio da Alvorada dois meses atrás. Em Brasília, continuará sendo acompanhado pela médica Ana Helena Germoglio, que chefia a equipe médica da Presidência. Ele fará novos exames em 10 dias e permanecerá na capital durante as festas de fim de ano. As recomendações médicas apontam que Lula deve evitar exercícios físicos e esforços prolongados. No entanto, poderá trabalhar normalmente.