O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, deve ser ouvido pela Polícia Federal nos próximos dias. Ele é acusado de tentar interferir nas investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado. O militar foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os investigadores querem saber se ele tentou interferir no andamento do caso e se está disposto a colaborar, falando o que sabe.
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Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, está preso em um quartel da Polícia Militar no Rio de Janeiro. O batalhão é destinado para oficiais generais com três estrelas. Ele tem uma patente mais alta, de quatro estrelas, e por isso existe a possibilidade de que seja transferido para Brasília.
Na ordem de prisão, Moraes atende pedido da Polícia Federal. A corporação alega que o militar tentou obter informações sigilosas da delação do tenente-coronel Mauro Cid sobre o esquema de tentativa de golpe.
Além da prisão, Moraes autorizou o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. Em Brasília, também foi alvo da operação o coronel Peregrino, ex-assessor de Braga Netto.
O Correio apurou que a PF pretende quebrar o sigilo e analisar os dados do celular pessoal de Braga Netto antes de realizar a nova oitiva. O aparelho já está em custódia das equipes de investigação.
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