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Ação contra o governador Ronaldo Caiado aprofunda racha na direita

A expectativa é que novas eleições sejam convocadas em Goiânia, conforme determina a legislação eleitoral

A ação que tornou inelegível o governador Ronaldo Caiado por oito anos aprofundou o racha na direita em Goiás. Movida por Fred Rodrigues, candidato derrotado do PL à Prefeitura da capital e apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida acatada pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, vem no momento em que Caiado ensaia uma pré-candidatura à Presidência da República, em 2026.

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A última vez que se viu o governador de Goiás e Bolsonaro juntos foi no palanque da manifestação na Avenida Paulista, em fevereiro. O mote do ato foi a operação da Polícia Federal (PF) que, em 8 de
fevereiro, prendeu Filipe Martins (ex-assessor internacional do ex-presidente), Marcelo Câmara (coronel da reserva do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos no exterior pelo tenente-coronel Mauro Cid e pelo pai, general Mauro César Lourena Cid), Rafael Martins (tenente-coronel do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército, preso depois que voltou ao Brasil vindo dos Estados Unidos).

De lá para cá, se afastaram, sobretudo depois das críticas do ex-presidente ao governador. Chegaram perto da ruptura na eleição de Goiânia, em que apoiaram candidatos concorrentes. Passado o pleito, Caiado explicitou o desejo de disputar a Presidência, em 2026, dividindo ainda mais o campo da direita — que Bolsonaro pretendia ver fechado com ele, apesar de estar inelegível até 2030.

Para Victor Hugo dos Santos Pereira — advogado responsável pela ação contra Caiado, Mabel e a vice-prefeita eleita Cláudia Lira —, a expectativa é que novas eleições sejam convocadas em Goiânia, conforme determina a legislação eleitoral. Ele acredita que o Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-GO) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vão confirmar a decisão liminar da juíza.

Caso isso aconteça, assumirá interinamente o comando da Prefeitura de Goiânia o presidente da Câmara de Vereadores, Romário Policarpo (PRD).

Dyogo Crossara, que representa Mabel, considera que a ação impetrada pela chapa derrotada para já no TRE-GO. Segundo ele, não houve abuso de poder político no encontro promovido por Caiado no Palácio das Esmeraldas — o evento, segundo ele, foi voltado exclusivamente para vereadores aliados de Mabel e do governador.

Apesar do impasse, a diplomação de Mabel e da vice será quinta-feira, às 10h — a posse é 1º de janeiro.

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