O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, neste sábado (14/12), a prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro. Ele é acusado de obstruir as investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de estado, em 2022.
A decisão foi feita na audiência de custódia, conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Braga Netto está preso preventivamente na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Não há prazo para finalizar a detenção.
A PF realizou a prisão do general da reserva na manhã deste sábado. O celular dele também foi apreendido. A corporação cumpre mandados judiciais expedidos pelo STF sobre investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado em 2022.
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Segundo a PF, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão "contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".
O relatório do inquérito que apura o golpe afirma que "os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação (de Braga Netto) concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento".