Contas públicas

Lula reúne 16 ministros para discutir estatais nesta segunda

O governo tem se mostrado preocupado em reverter o deficit recorde de R$ 7,2 bilhões registrado entre janeiro e agosto deste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, nesta segunda-feira (9/12), uma reunião estratégica no Palácio do Planalto com 16 ministros e o advogado-geral da União, Jorge Messias, para debater sobre as estatais. O governo tem se mostrado preocupado em reverter o deficit recorde de R$ 7,2 bilhões registrado entre janeiro e agosto deste ano pelas estatais federais, estaduais e municipais, conforme relatório do Banco Central (BC).

Entre os participantes estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além da secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Elisa Vieira Leonel. Também participam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e outros representantes-chave de áreas estratégicas do governo.

O deficit histórico das estatais foi impulsionado por um desequilíbrio financeiro em empresas controladas por União, estados e municípios. Apenas as estatais federais registraram um rombo de R$ 3,3 bilhões, enquanto as estaduais e municipais acumularam um deficit de R$ 3,8 bilhões. 

Empresas altamente lucrativas, como Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não foram incluídas nesses números, o que amplia as preocupações com a gestão das demais estatais.

Em nota divulgada no fim de outubro, o Ministério da Gestão afirmou que parte do rombo se deve ao aumento de investimentos. Segundo a pasta, o resultado primário das empresas não é uma medida adequada de saúde financeira. 

“É comum empresas registrarem deficit primário mesmo com aumento do lucro se estiverem acelerando seus investimentos, na expansão/modernização dos negócios. [...] O deficit de todas as estatais alcançou R$ 7,21 bilhões, dos quais R$ 3,37 bilhões, menos da metade, diz respeito às empresas federais. E parte expressiva desse déficit corresponde a investimentos feitos pelas companhias”, diz.

Até a publicação desta matéria, ainda não havia sido divulgado de forma oficial o intuito da reunião. Mas a assessoria de Haddad, afirmou que o assunto é sobre estatais.

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