Após 1 hora e 30 minutos de depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta quinta-feira (5/12), sem falar com a imprensa. Ele foi interrogado, mais uma vez, sobre a suposta trama de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Cid foi questionado sobre possíveis “omissões e contradições” em depoimentos anteriores. Isso ocorre porque os agentes da PF recuperaram arquivos deletados no computador dele com detalhes sobre o "Punhal Verde e Amarelo", com a trama golpista, além do planejamento de assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O militar também esteve na PF em 19 de novembro para prestar esclarecimentos sobre o mesmo assunto. No dia seguinte, ele foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele correu o risco de ser preso novamente por ser suspeito de descumprir o acordo de delação premiada ao ocultar informações.
Em depoimento prestado ao STF, Mauro Cid confirmou que houve uma reunião na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto para elaborar o golpe. Ele conseguiu manter o acordo após oferecer novas informações sobre o ex-aliado.
O ex-braço direito de Bolsonaro, Mauro Cid é peça-chave na investigação que levou ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe de Estado. As investigações da Polícia Federal apontam que a organização se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.
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