RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Itamaraty fala sobre lei marcial na Coreia do Sul: 'Diálogo como caminho'

Ministério das Relações Exteriores diz que espera resolução pacífica do conflito iniciado com declaração do presidente sul-coreano na manhã desta terça (3/12) e diz que não há, até o momento, registro de incidentes envolvendo brasileiros no país asiático 

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) publicou, na noite desta terça-feira (3/12), uma nota à imprensa em que comenta, em nome do governo brasileiro, sobre os a instalação de uma lei marcial na Coreia do Sul nas últimas horas. No pronunciamento, o Itamaraty manifesta expectativa de resolução pacífica do conflito e esclarece que, até o momento, brasileiros residentes no país estão seguros. 

A nota informa que o governo brasileiro “acompanha atentamente os desdobramentos” advindos da declaração de lei marcial de emergência feita pelo presidente sul-coreano, Yoon Sukyeol, na manhã desta terça (no horário de Brasília) no país asiático; bem como os relativos à posterior revogação, ocorrida por volta das 16h30. 

“O governo do Brasil manifesta sua expectativa de uma resolução pacífica, fundamentada no respeito aos direitos humanos, às instituições democráticas e ao Estado de Direito, e reafirma a confiança no diálogo como caminho para soluções que assegurem a normalidade institucional e a paz na Península coreana”, manifesta a instituição. “Não há registro, até o momento, de incidentes consulares envolvendo nacionais brasileiros.” 

Entenda o que ocorreu na Coreia do Sul

O presidente sul-coreano, Yoon Sukyeol, declarou, nesta terça-feira (3/12), lei marcial de emergência no país. A fim de proteger a República “contra forças hostis internas que ameaçam a ordem constitucional e para garantir a segurança do povo”, ele implementou uma série de medidas — entre elas o controle militar da população e da mídia e a proibição de diversos direitos civis, como manifestações e protestos, bem como a prisão e outras ações punitivas para os cidadãos que não as respeitassem.

Essas medidas, declaradas pelo presidente por volta das 22h23, segundo o horário coreano, passariam a valer a partir das 23h (11h da manhã, no horário de Brasília). Após voto contrário do parlamento do país e protestos envolvendo cerca de 4 mil cidadãos em frente à Assembleia Nacional, porém, ele voltou atrás e suspendeu a declaração às 4h27 desta quarta (16h27 no Brasil), recolhendo forças armadas que haviam sido deslocadas para o propósito.

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