O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta terça-feira (3/12), o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer ao velório da mãe do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Os dois poderão manter contato no local do sepultamento, mas seguem proibidos de conversar sobre a investigação em que são alvo por suposta tentativa de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro solicitou a autorização "em caráter excepcional", considerando a relação pessoal entre ele e Valdemar. No documento entregue ao STF, o ex-presidente se compromete a "não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso" com o dirigente da sigla.
“Em face da excepcionalidade do pedido e da afirmação da defesa ("comprometendo-se o peticionário a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso"), nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto”, escreveu Moraes ao atender o pedido.
Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter contato desde 8 de fevereiro de 2024. O ex-presidente também não pode conversar com outros investigados pela trama golpista que tinha como objetivo reverter o resultado das eleições de 2022, entre eles os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Anderson Torres.
Moraes frisou que não há restrições ao deslocamento do ex-chefe do Executivo no território nacional. Ele só não pode sair do país porque seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal.
“Ressalto que não há qualquer restrição à locomoção do investigado Jair Messias Bolsonaro, em território nacional, havendo, entretanto, a proibição de manter contato com os demais investigados, entre eles Valdemar Costa Neto”, completou.
Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, morreu na madrugada desta terça-feira aos 99 anos. O enterro será realizado na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes (SP), cidade onde ela morava.