O Supremo Tribunal Federal (STF) lançou, nesta segunda-feira (16/12), uma nova ferramenta de inteligência artificial. O Módulo de Apoio para Redação com Inteligência Artificial (Maria) reúne diversas funcionalidades e de acordo com a Corte, tem como objetivo tornar mais ágil a redação de textos no Tribunal. O evento de lançamento foi conduzido pelo ministro Luís Roberto Barroso.
O sistema de Inteligência Artificial é uma rede neural capaz de tomar decisões e fazer análises sobre situações, realizar compilação e processamento de dados, entre outras atribuições. O Supremo informou que "neste primeiro momento, a ferramenta contará com três funcionalidades: elaboração de resumos de votos, elaboração de relatórios em processos recursais e análise inicial de processos da classe Reclamações (RCLs). Todas elas foram pensadas para auxiliar o trabalho de ministros, servidores e colaboradores no âmbito do Tribunal".
A Corte destacou que "com a funcionalidade da elaboração de um voto, a ferramenta pode gerar automaticamente a minuta da ementa, resumindo o entendimento do ministro sobre a matéria em questão, já no novo formato de ementas adotado pelo Tribunal". "
O conteúdo gerado pelo robô será revisado e editado diretamente no STF-Digital, sistema integrado à Maria. Essa funcionalidade foi desenvolvida internamente pelas equipes do STF", completa o Tribunal.
Em uma participação mais profunda nas ações que correm na suprema corte, a ferramenta também fará a análise da petição inicial de reclamações que forem apresentadas no Supremo. No futuro, essa funcionalidade será ampliada para gerar relatórios consolidados e identificar precedentes relevantes para o caso. Na cerimônia de lançamento, Barro interagiu com um robô que representa fisicamente a Maria.
"A modernidade chegando cada vez mais no dia a dia da Justiça. É com muita alegria que lançamos a Maria. É a primeira ferramenta do STF que utiliza a inteligência artificial generativa, que produz conteúdo e gera textos. O Brasil tem 83 milhões de processos em andamento. Portanto, se nós não nos socorremos da tecnologia, não teremos condição de fazer a prestação jurisdicional", disse Barroso.
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