O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180 dias o inquérito das fake news. A investigação apura ataques à Corte, às instituições e aos ministros. De acordo com a decisão que estende as diligências, a medida ocorre para aprofundar as informações sobre o "gabinete do ódio".
“Com a finalidade de finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, o financiamento e modus operandi do 'Gabinete do Ódio', bem como de todos os seus participantes, o Inq 4781 foi prorrogado pelo Ministro Alexandre de Moraes por 180 (cento e oitenta) dias, com a determinação de oitiva de mais 20 pessoas, a complementação da análise das informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal e bancário e o término das diversas diligências em andamento na Polícia Federal", destaca um trecho da decisão.
As investigações seguem em sigilo de Justiça e por conta disso não foi divulgada a lista das 20 pessoas que serão ouvidas pela Polícia Federal. O inquérito das fake news foi aberto em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro na Presidência, pelo ministro Dias Toffoli, que à época era presidente do STF.
A investigação é alvo de críticas de juristas e de políticos bolsonaristas, por durar um tempo considerado elevado e abarcar diversas ações e crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito. O inquérito foi aberto de ofício por Toffoli, ou seja, sem pedido do Ministério Público. Na ocasião, Moraes foi escolhido para ser o relator do caso.
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