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Rêgo assume TCU e quer mais participação social

Novo presidente pretende que os cidadãos auxiliem a Corte na fiscalização de projetos. Se comprometeu, também, a aprofundar as iniciativas da gestão de Bruno Dantas

Dantas passa a presidência do tribunal para Rêgo. Entre eles, há o compromisso de tornar a Corte mais tecnológica, com vistas à eficiência na fiscalização -  (crédito: Samuel Figueira/TCU)
Dantas passa a presidência do tribunal para Rêgo. Entre eles, há o compromisso de tornar a Corte mais tecnológica, com vistas à eficiência na fiscalização - (crédito: Samuel Figueira/TCU)

O ex-senador Vital do Rêgo assumiu, ontem, a presidência do Tribunal de Contas da União. Ele sucede Bruno Dantas e ficará à frente do TCU por um ano, podendo ser reconduzido por mais um ano. O vice-presidente da Corte é o ministro Jorge Oliveira.

No discurso de posse, o novo presidente enfatizou que, na sua gestão, a proximidade com a sociedade será estreitada ainda mais. "Será possível ouvi-la e motivar cada pessoa a atuar como um verdadeiro auditor social, trazendo informações que possam ajudar o Tribunal a ampliar o seu campo de atuação, melhorando ainda mais a qualidade de suas fiscalizações", disse. A Corte trabalha para disponibilizar um aplicativo de monitoramento de obras públicas. A ideia é fazer com que as pessoas registrem o andamento dos projetos em execução perto delas e enviem informações ao TCU

Rêgo se comprometeu, também, a dar continuidade aos projetos do antecessor. "Nos últimos anos, neste tribunal, pude sentir o compromisso de liderar uma máquina dessas. Tenho muita satisfação de, agora, presidi-la e pretendo manter o legado de Bruno Dantas", frisou.

Entre os projetos da gestão que terminou — o novo mandato começa em 1º de janeiro de 2025 —, e que Rêgo se comprometeu a dar sequência, está o uso de tecnologia de ponta para garantir qualidade aos processos e a outras atividades desenvolvidas pelos auditores e servidores do TCU. Rêgo citou uma série de ferramentas de inteligência artificial (IA) adotadas, que analisam dados públicos em qualquer localidade do país.

"Vamos continuar investindo na inteligência artificial generativa. Inclusive, desenvolvemos uma plataforma sem paralelo nas cortes de contas do mundo, que aprimora a análise de dados, automatiza os processos e aumenta a eficiência de trabalho dos nossos servidores", esmiuçou.

Secex e Intosai

Rêgo passa a presidir o tribunal no momento em que a Corte está à frente da Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai). Ele adiantou que, por conta da posição que o TCU ocupa, deve propor uma nova auditoria global para avaliar iniciativas de combate à fome.

Outra iniciativa que ganhará impulso na gestão de Rêgo, herdada da presidência de Bruno Dantas, é a Secex-Consenso (Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos) — cujo objetivo é alcançar soluções consensuais entre entes públicos e privados a fim de evitar que causas bilionárias sejam judicializadas.

A cerimônia foi prestigiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Boa parte do ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à posse de Rêgo.

De saída, Bruno Dantas afirmou que "esta não é apenas uma ocasião de despedida, mas, também, uma oportunidade de prestar contas, de refletir sobre o que construímos. Reafirmamos como instituição nosso compromisso com a legalidade e o interesse público". (Com agências Estado e Brasil)

 

Júlia Portela
postado em 12/12/2024 03:55
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