A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (11/12), o relatório complementar ao inquérito do golpe. A investigação apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manter o então presidente da República no poder.
Após análise dos dados e dos depoimentos tomados depois da Operação Contragolpe, o relatório foi encaminhado à Suprema Corte com o indiciamento de mais três pessoas pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Confira os nomes:
- Aparecido Andrade Portela, militar da reserva do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS);
- Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, kid-preto do Exército, acusado de participar do trabalho de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes
Relembre
O ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto,e outras 35 pessoas foram indiciadas pela PF, em novembro, por tentativa de golpe e estado em 2022. O plano incluía assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A polícia federal disponibilizou o inquérito de mais de 500 páginas onde detalhou o plano com conversas dos envolvidos. Atualmente o inquérito está na Procuradoria-Geral da República (PGR) e o processo deve ter prosseguimento no ano que vem após o recesso.