Saúde

Médico de Lula diz que nova cirurgia é de "baixo risco" e já estava prevista

O médico afirma que a "embolização de artéria meníngea" já estava prevista desde a primeira cirurgia, mas que a decisão de realizá-la ocorreu nesta quarta-feira (11)

Em outubro, Lula sofreu uma queda e teve de levar pontos na cabeça -  (crédito: EFE)
Em outubro, Lula sofreu uma queda e teve de levar pontos na cabeça - (crédito: EFE)

O médico Roberto Kalil Filho afirmou, nesta quarta-feira (11/12), que o procedimento que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido na manhã de quinta-feira (12), a embolização de artéria meníngea, já estava prevista anteriormente. A cirurgia tem como objetivo conter o sangue que ainda está vazando.

Em coletiva de imprensa, concedida em frente ao  Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o médico de Lula explicou que o procedimento tem como objetivo minimizar os riscos de um novo sangramento ocorrer no futuro. 

"Já estava sendo discutido como complemento ao procedimento cirúrgico. Esse tipo de embolização é um tipo de cateterismo que vai embolizar a artéria meninge, porque quando você drena o hematoma, existe uma pequena possibilidade de, no futuro, as pequenas artérias da meninge ainda causarem um pequeno sangramento. Esse procedimento é para minimizar o risco de no futuro isso acontecer, faz parte dos protocolos atuais, é um procedimento de baixo risco que foi muito discutido com a equipe médica hoje", declarou Kalil.

Segundo Kalil, o procedimento não será feito em um bloco cirúrgico, mas em uma sala de cateterismo. O processo demora cerca de uma hora e está marcado para a manhã desta quinta-feira (12/12). Ele será realizado via femoral, com o uso de sedação e anestesia. Também na quinta, Lula deve retirar o dreno que ficou na cabeça durante a cirurgia anterior.

"O presidente é uma pessoa ativa, saudável, e, para minimizar o risco de futuros sangramentos, existe esse procedimento", tranquilizou Kalil. De acordo com o médico, o presidente não precisará ficar mais tempo na unidade de terapia intensiva (UTI) por conta disso, nem deve atrasar o tempo de alta médica.

A médica Ana Helena, também da equipe do presidente, reafirmou que o procedimento já estava previsto, apesar de não ter sido divulgado com antecedência nos boletins médicos, nem na coletiva de imprensa. "A chance (de novos sangramentos) já é pequena por ele ter drenado, mas, para reduzir mais ainda, vamos fazer esse procedimento, que desde o momento zero já tinha sido programado. O que faltava era bater o martelo de qual momento seria ideal para fazê-lo", afirmou a médica.

Mais informações sobre o procedimento devem ser divulgadas na quinta-feira, às 10h, durante coletiva de imprensa com a junta médica, após a cirurgia de Lula.

Mayara Souto
postado em 11/12/2024 18:09 / atualizado em 11/12/2024 18:25
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