O Congresso Nacional convocou uma sessão conjunta nesta quinta-feira (12/12) para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (PLN 3/2024), entre outros projetos que abrem créditos extraordinários ao Orçamento de 2024. A votação acontece em meio ao impasse no Legislativo pela liberação das emendas parlamentares.
A ausência das novas regras para a retomada do pagamento tem provocado atraso no acordo para a construção do texto final, segundo o relator da LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO). Ele alertou sobre um possível “apagão de governança”, caso o projeto não seja votado antes do recesso parlamentar.
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“Nós temos que aprovar a LDO, é necessária a aprovação. Caso haja qualquer tipo de obstáculo ou obstrução a essa votação, é a primeira vez na história que isso pode acontecer. Eu não tenho registro de caso semelhante”, comentou nesta terça (10), em reunião da Comissão de Infraestrutura (CI).
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou ontem o pedido de reconsideração feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a retomada do pagamento das emendas parlamentares. Os parlamentares já tinham aprovado um conjunto de regras, no entanto, Dino definiu outras condições para a destinação dos recursos.
A expectativa é de que haja um entendimento sobre o tema com intermédio por meio do Executivo com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Confúcio lembrou que, caso a LDO não seja aprovada, o governo também não terá regras importantes para elaboração do Orçamento.
“Fica complicado para o início do ano que vem. Então, nós estamos aguardando, com muita expectativa e bom senso, que os dois presidentes das Casas realmente chamem para si essas deliberações para que a gente possa trabalhar”, completou.
No total, 25 itens estão na pauta de quinta, incluindo projetos que abrem crédito especial ou suplementar para vários órgãos do governo. A expectativa é de que o Executivo publique uma portaria ainda nesta terça-feira estabelecendo novas regras que levem a um consenso para o pagamento das emendas, para que o Congresso possa dar andamento à votação dos projetos.
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(Com Agência Senado)