O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava "sonolento e cansado" no fim da tarde de segunda-feira (9/12), antes de ir ao Hospital Sírio Libanês, em Brasília. Na sequência, o petista foi transferido para a unidade de saúde em São Paulo, onde realizou uma cirurgia para drenar líquido dentro do cérebro.
"Lula ontem estava um pouco sonolento, cansado no início da tarde, e a ideia, inclusive, era realizar no dia de hoje esses exames para avaliar o líquido na cavidade craniana como consequência da batida. E aí, no final da tarde, ele estava com dor de cabeça. Nós conversamos, inclusive, com o doutor Kalil, e ele optou, então, que ele fosse para o Sírio fazer o exame", contou o ministro, em entrevista à rádio gaúcha nesta terça-feira (10/12).
De acordo com Pimenta, em vídeo publicado nas redes sociais dele, a dor de cabeça mais intensa do presidente ocorreu por volta das 18h. Neste momento, os médicos encaminharam Lula para realizar uma ressonância magnética na cabeça, onde foi constatada a hemorragia. A bandeira, que sinaliza a presença do presidente no Planalto, no entanto, seguiu hasteada até por volta das 20h, como verificou a reportagem, que estava presente no local.
O chefe da Secom explicou que optou-se pela transferência de Lula para São Paulo, pois é onde o médico particular do presidente, Dr. Kalil Filho, tem a sua equipe. O procedimento é uma espécie de "drenagem de líquido na cavidade craniana" e ocorreu "absolutamente de forma normal, dentro do planejado".
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Queda no banheiro
O presidente Lula vem realizando os exames de forma rotineira, desde o tombo que levou, em seu banheiro, no Palácio do Alvorada, e precisou de cinco pontos na cabeça. Segundo Pimenta, já existia conhecimento sobre esse líquido dentro do cérebro e ele estava sendo monitorado.
Ainda segundo Pimenta, o chefe do Executivo ficará 48 horas na unidade de terapia intensiva (UTI) e, depois, mais "alguns dias" em recuperação, ainda no hospital. Ainda não há informações sobre possibilidade de o presidente passar tempo afastado do cargo. Nesta terça, a agenda segue mantida, com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin.