O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, chegou às 15h desta quinta-feira (5/12) para prestar um novo depoimento à Polícia Federal. A oitiva ocorre na sede da corporação, em Brasília. Essa é a 14ª vez em que ele é ouvido pelos investigadores.
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A intimação para novo depoimento é assinada pelo delegado federal Fábio Shor. No entanto, o ato não informa em qual dos procedimentos investigatórios o militar será ouvido. A expectativa é que ele fale sobre possíveis “omissões e contradições” em depoimentos anteriores.
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Cid também esteve na PF em 19 de novembro após os agentes da PF recuperarem dados que haviam sido apagados em computadores dele. A oitiva ocorreu no mesmo dia da deflagração da Operação Contragolpe, que revelou um plano golpista e de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia seguinte, ele foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele prestou depoimento sobre possíveis omissões no seu acordo de delação premiada e arriscou ser preso novamente.
O ex-braço direito de Bolsonaro, Mauro Cid é peça-chave na investigação que levou ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe de Estado. As investigações da PF apontam que a organização se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.
A operação foi embasada nos arquivos deletados do computador de Mauro Cid e também do general Mário Fernandes, ex-assessor do ex-presidente. A PF conseguiu recuperar as mensagens com teor golpista e o plano de assassinato nesses arquivos.