O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais, nesta quarta-feira (4/12), para celebrar a diminuição da pobreza no país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o percentual da população brasileira com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha da pobreza alcançou 27,4% em 2023, a menor proporção desde 2012. No ano anterior, a taxa estava em 31,6%.
"Tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média, onde todos vivam com mais dignidade. É isso que me dá alegria de ver. Para isso fomos eleitos e estamos trabalhando", escreveu Lula em publicação no X.
Tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média, onde todos vivam com mais dignidade. É isso que me dá alegria de ver. Para isso fomos eleitos e estamos trabalhando. pic.twitter.com/hQrGexPp1Q
— Lula (@LulaOficial) December 4, 2024
Os ministros do governo também comemoraram os resultados. "Foi para isso que nós fizemos o L", escreveu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Com o presidente Lula, o Brasil cresce e a riqueza chega a quem mais precisa", comemorou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
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Em números, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza entre 2022 e 2023, chegando a 59 milhões no último ano. Já aqueles que estão abaixo da linha de extrema pobreza teve recuo histórico, de 5,9% para 4,4%, alcançando, pela primeira vez, valor menor do que 5%. Foram 3,1 milhões de pessoas saindo da extrema pobreza, restando ainda 9,5 milhões.
Os dados constam na Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, e consideram o critério do Banco Mundial de R$ 665 per capita por mês ser considerado pobreza e R$ 209 mensal ser extrema pobreza.
Segundo o estudo do IBGE, os programas sociais de transferência de renda são protagonistas nos resultados positivos do país. Caso eles não existissem, a instituição projeta que a proporção de pessoas na extrema pobreza, em 2023, teria saltado de 4,4% para 11,2% e a de pobreza subido de 27,4% para 32,4%.
Em regiões do país, o Norte e Nordeste continuam figurando as maiores fatias de beneficiários sociais - o primeiro com 38,5% da população abaixo da linha da pobreza e 6% da linha da extrema pobreza, o segundo tem 47% abaixo da população e 9,1% da extrema pobreza.
Quanto à gênero, as mulheres são as mais vulneráveis - 28,4% está abaixo da linha da pobreza e 4,5% da extrema pobreza. Quanto à raça, 35,5% das pessoas pardas estão na pobreza e 6% na extrema pobreza. As crianças de 0 a 14 anos também são gravemente afetadas - 45% delas estão em domicílios com pessoas abaixo da linha da pobreza e 7,3% na extrema pobreza.