Pacote fiscal

Corte de gastos será de R$ 70 bi, segundo Guimarães

O líder do governo na Câmara dos Deputados fez o anúncio após reunião com o presidente Lula

O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara dos Deputados, anunciou, nesta quarta-feira (27/11), como funcionará o pacote de corte de gastos, preparado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao todo, serão R$ 70 bi enxugados do orçamento da União.

O parlamentar participou de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, em que estava presente também o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo Guimarães, o corte prevê a redução de R$ 30 bilhões no próximo ano e R$ 40 bilhões em 2026.

“Foram duas reuniões. Uma inicial com o presidente Lula e os presidentes das duas casas. O ministro Haddad fez uma apresentação do texto com a orientação geral de que há necessidade de contensão de gastos. Depois, houve uma reunião com os líderes onde o presidente pediu para que o ministro Haddad estivesse à disposição da Câmara, quando o texto chegar”, contou Guimarães.

“Os ajustes precisam ser feitos para vincular ao arcabouço fiscal. A ideia é fortalecer o arcabouço”, acrescentou. Ainda de acordo com o parlamentar, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a contenção de gastos públicos deverá ser votada no Congresso ainda neste ano.

O deputado Odair Cunha (PT-MG) também comentou a reunião com Lula e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. "O esforço nosso vai ser para estabelecer uma contenção da despesa pública. Ele (Haddad) apresentou um número estimado de reais para essa contenção ainda no próximo ano (R$ 30 bi). Portanto, o que o Executivo pede é que o Congresso Nacional vote a contenção da despesa ainda neste ano", explicou.

Já sobre a isenção do imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil, adiantado pela Fazenda nesta tarde, o parlamentar afirmou que será um Projeto de Lei Complementar (PLP) a parte, que deverá ser analisado e votado só no próximo ano.

Após o encontro, o ministro da Fazenda segue para a sede do Partido dos Trabalhadores (PT), onde deverá tratar do mesmo assunto com outros integrantes da legenda.

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