Operação Contragolpe

'Repugnante', diz Flávio Bolsonaro sobre prisão de suspeitos de matar Lula

"Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime", escreveu o filho de Bolsonaro nas redes sociais. A operação Contragolpe foi deflagrada nesta terça-feira (19/11) por autorização do ministro Alexandre de Moraes, um dos supostos alvos dos militares

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (19/11) que a prisão de cinco homens suspeitos de tramarem a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trata-se de uma “decisão sem amparo legal”, “repugnante” e “antidemocrática”.

“Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um 'gabinete de crise' integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???”, começou Flávio.

“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, disse.

“Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas.”

Plano para matar Lula

A Polícia Federal (PF) identificou um plano para matar o presidente Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a partir de mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, de acordo com fontes na corporação ouvidas pelo Correio. Com base nas diligências, foi deflagrada a Operação Contragolpe.

Equipes policiais estão nas ruas nesta terça-feira (19/11) para cumprir cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 de medidas cautelares expedidas pelo Supremo. Os investigadores conseguiram recuperar arquivos apagados no celular apreendido com Mauro Cid. O atentado contra as autoridades citadas ocorreria por meio das Forças Especiais do Exército, os chamados Kids Pretos - batalhão no qual Cid fazia parte.

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