Atentado

Malafaia diz que homem-bomba tinha 'problemas mentais' e culpa Moraes por ato

O pastor acusou o ministro do STF de "tirar proveito" do atentado à bomba na Praça dos Três Poderes e de trazer "instabilidade" com decisões judiciais

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rebateu a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acerca do atentado à bomba ocorrido na noite de quarta-feira (13/11), na Praça dos Três Poderes. Ele ainda culpou o ministro pelo ataque ao acusá-lo de "acirrar os ânimos" dos bolsonaristas.

Em sua primeira aparição pública após o ocorrido, Moraes alegou que o ato foi fruto do discurso de ódio e afirmou que "a impunidade vai gerar mais agressividade". A investigação do fato foi enviada ao magistrado após a Polícia Federal julgar que há conexão entre o ataque e os atos de 8 de janeiro.

Malafaia, por sua vez, publicou um vídeo nas redes sociais rebatendo as falas de Moraes. O pastor acusou o ministro de acirrar os ânimos dos bolsonaristas com decisões sobre os atos antidemocráticos do 8 de janeiro e disse que ele agora tenta jogar uma "cortina de fumaça" sobre atos ilegais que supostamente cometeu.

"Não vou deixar passar o ditador da toga, Alexandre de Moraes, com uma narrativa para tentar tirar proveito, para jogar uma cortina de fumaça nos seus atos ilegais, injustos, sobre a questão do homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas em Brasília", diz o pastor em vídeo publicado nas redes sociais.

O homem que detonou explosivos na Praça dos Três Poderes era Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina. Ele foi candidato a vereador de Rio do Sul (SC) em 2020 pelo Partido Liberal (o mesmo de Bolsonaro). Luiz ainda esteve no acampamento golpista em Brasília para reinvidicar que Bolsonaro permanecesse no poder após perder as eleições de 2022.

"Quem tem trazido instabilidade e acirrado ânimos são as injustiças do ditador da toga Alexandre de Moraes, que se diz vítima de um complô desses pseudogolpistas para matá-lo. Chamaram essa gente de baderneira, de golpistas e subversivos para serem julgados no STF e não terem direito de recorrer a outra instância. Isso é uma vergonha!", acusou Malafaia.

"Isso sim provoca ódio, essas injustiças. O senhor não tem moral para tentar tirar proveito de algo onde o senhor é participante e promotor de verdadeiras injustiças", completou o pastor.

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