O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, comentou pela primeira vez, na manhã desta nesta quinta-feira (14/11), sobre as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Para o magistrado, não se trata de um “fato isolado”.
“Não podemos ignorar o que ocorreu ontem”, iniciou o ministro, que tinha aula magna no Conselho Nacional do Ministério Público e manteve o compromisso após o ataque ocorrido na noite de ontem.
“O que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto”, enfatizou. “Queira Deus que seja um ato isolado, mas o contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições e contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente”, continuou.
Moraes lembrou os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro e os ataques contra a autonomia do Judiciário, ministros do Supremo e suas famílias. Ele destacou a necessidade de pacificação do país, mas defendeu que isso não será feito com anistia, dando perdão aos criminosos.
“Ontem é uma demonstração de que só é possível essa necessária pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe a possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”, completou.
Entenda o caso
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
Vídeos obtidos pelo Correio também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular