Investigação

Investigados por suposta venda de sentenças no MS colocam tornozeleira eletrônica

Caso subiu para o Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin

Os cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais colocaram nesta quarta-feira (6/11) as tornozeleiras eletrônicas determinadas pela Justiça. Eles são alvo da operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, deflagrada em 24 de outubro. 

A força-tarefa foi autorizada por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, dois dias depois, o processo subiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin. O objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

O STJ determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

Os desembargadores afastados são Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marcos José de Brito Rodrigues. O Correio tenta contato com a defesa dos cinco. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

A Corte justificou que a instalação das tornozeleiras era necessária para "viabilizar a fiscalização" diante da "gravidade" e da "natureza dos delitos em apuração". 

As suspeitas de irregularidades envolvem magistrados e servidores públicos. O suposto esquema foi descoberto após a apreensão do celular do advogado Bruno Zampierri, assassinado no ano passado. 

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